Nós, os trolls

Lidar com críticas negativas não é fácil. Mexe com nossa vaidade, nos desperta um instinto vingador. Nós somos condicionados a receber bem o elogio. O elogio, sim, nos engrandece, nos enche de orgulho. Mas uma pessoa sensata e madura, independente da idade, sabe que, quando estamos diante de uma crítica negativa, temos a oportunidade de alimentar a sensatez, de nos reavaliar, reconsiderar e, mais importante, reconhecer o que o outro está dizendo. Ninguém disse que é fácil. É um exercício. Também não quero dizer que nós devemos nos sucumbir ao que dizem, sendo a opinião bem fundamentada ou não, apenas de ter respeito e humildade ao recebê-la. Não é, infelizmente, uma qualidade que consigo enxergar na pessoa que hoje comanda a Playboy.

A revista é, hoje, muito criticada. Nós, como leitores/colecionadores, aqueles que, em outras palavras, acompanham Playboy nos melhores e piores momentos, estamos no direito de expressar nossas opiniões. Achamos que temos esse direito não só porque pagamos o que nos é cobrado, mas porque temos condições de distinguir o bom do ruim, o empolgante do insosso, o belo do feio. É isso que, em suma, eu faço aqui no blog, e vocês, com toda a sinceridade, nos comentários. Isso é o que mais me motiva a prosseguir com o trabalho: ver que, de uma certa maneira, criei um espaço que reúne amantes de uma revista e que a enxergam sem a tapadeira do fanatismo (que beira à imbecilidade) e com senso crítico. Isso me orgulha. As críticas são feitas por quem ama a revista.

Como resposta às nossas críticas, eu só queria, como já disse, respeito. Em vez disso fomos de vez tachados como "trolls". "Troll" é a pessoa que, por raiva ou sadismo, se dedica à pratica da esculhambação. Como se, por puro prazer, apontássemos defeitos. Uma espécie de hobby. Não é o que sou, mas é como sou tratado. Mesmo expressando o que acho da maneira mais elegante e polida que consigo. E, mais importante, sem levar para o lado pessoal. Minha intenção, ao fazer um comentário, é apenas avaliar aquilo que eu paguei para desfrutar, não apontar incapacidade de fulano ou beltrano. Até porque, se fizesse isso, seria a presunção em pessoa. Mas o respeito não é recíproco. Eu, enquanto leitor, e não como blogueiro, assim como você, me sinto desrespeitado.

Já fui aconselhado a lavar um tanque de roupa suja, a arrumar uma namorada e, pasmem, até chamado de solitário e infeliz pela pessoa que hoje representa a revista - sempre em resposta a posts "esculhambadores". Não diretamente, citando meu nome, sempre indiretamente, me designando como "blogueiros". Sim, no plural. Se fosse diretamente, confesso que reconheceria a hombridade, bateria palmas para a sinceridade. Afinal, são virtudes que valorizo. Mas não é o tipo de coisa que me abala. Apenas lamento pela falta de respeito e maturidade. Mesmo assim, sei que não posso cobrar do outro aquilo que eu considero uma postura adequada e respeitosa. Mas isso me leva a uma dúvida: será que vale a pena gastar meu tempo nisso? Acho que sei a resposta.

Ao contrário do que possam pensar, isso aqui é conduzido além de uma rotina de estudo e trabalho. Por gostar, e por ter um bom feedback, é que gasto energia nisso aqui. Nem parece, mas já são três anos de RQA, feito não para receber confete, ganhar dinheiro com anúncios ou ser reconhecido por Playboy. De verdade, nunca tive essa pretensão. Se fosse meu objetivo, já teria encontrado caminhos para isso. É fácil. Mas meu carinho pelo blog se resume à possibilidade de escrever, minha maior paixão, sobre uma coisa que amo, que mudou minha vida, e ser lido. Pra mim basta. Só que não imaginava que, em consequência disso, seria considerado um grande troll. Desta forma, como manter a admiração pela revista que me marginaliza, que TE marginaliza? Tem como?

O futuro deste espaço é incerto. Só vislumbro o fim de uma relação. Porque, como todos sabem, antes do amor vem o respeito. Em qualquer âmbito da vida.

Bom domingo

Domingo tende a ser um dia tedioso. Com a finalidade de reverter esse quadro, minha singela contribuição: um cartum publicado na última Playboy Croácia. E ainda tem a moral da história.

Mesmo em perigo, ou na merda, é possível sorver prazer da vida

Dirty Duck, o pato safado

Com Weevil, seu companheiro, Dirty Duck dá show de sarcasmo e falta de modos

Dirty Duck, a pato safado, criado por Bobby London, é um dos melhores personagens que têm seu espaço garantido na Playboy USA há décadas, e que disputa minha preferência com cartuns assinados por Dedini, Sokol e Gahan Wilson. Até onde sei, os quadrinhos do pato que parece ser a versão desbocada e do mal do Pato Donald nunca foi publicada na Playboy brasileira. No entanto, ele já pôde ser conferido em edições extras. Um miniperfil bem bacana do criador e da criatura foi publicado na primeira edição de O Mundo de Playboy de 2006, com Fernanda Paes Leme na capa. O texto, de Juliana Lopes, conta a trajetória de Bobby, do processo movido pela Disney contra ele (não por causa de Dirty Duck, que não foi inspirado em Donald), a parceria com Harvey Kurtzman (criador da Mad), até ser contratado pela, vejam só, Disney, além da presença em Playboy desde os anos 1970. Os quadrinhos do pato besteirento e boca-suja também integraram o livro O Humor de Playboy, lançado no final de 2009, em comemoração aos 35 anos, e que eu recomendo demais.

Pra quem gosta de humor corrosivo, é uma boa pedida

A decepção de Galisteu

O momento em que Adriane viu pela primeira sua capa, na TV: nítida decepção

Alguns leitores tinham dito, nos comentários, que Adriane Galisteu, que participou ontem do programa Agora É Tarde, da Band, apresentado por Danilo Gentili, viu sua capa pela primeira vez no ar. Vejam, no vídeo abaixo, a partir do 8º minuto, a hora em que lhe é entregue o boneco da edição, e sua reação - a bichinha chegou de engolir seco de decepção. Ela, ainda incrédula da veracidade da capa, afirmou em vários momentos que poderia ser uma montagem. Coisa triste! Pra mim, já entrou para os anais de curiosidades de Playboy, assim como aconteceu com Joana Prado, que viu sua 3ª capa confinada na Casa dos Artistas, através de Sílvio Santos, que odiou, e ainda disse que não era a foto combinada. Ainda no vídeo abaixo mostram uma foto inédita do ensaio.

Registro histórico

Chão! Chão! Chão!

Saiu o possível tema do ensaio da Mulher Melão. Trata-se apenas de uma nota, cujas informações não foram, até agora, confirmadas pela revista. Caso seja verdadeira, seu ensaio será inspirado em seu hit, Você Quer?. Ainda segundo a nota, Melão pretende simular uma transa no banheiro de um jatinho com o piloto (risos) e "tudo regado a champanhe e caviar" (mais risos). A funkeira, que já mostrou até a parede de seu esôfago, quer o "set mais ousado". Repito que se trata de uma especulação. Em todo caso, vale lembrar que não será, se realmente acontecer, o primeiro ensaio inspirado no universo do funk. O da Proibida, inclusive, foi feito no famoso Castelo das Pedras, no RJ.

Só a Valeixxxca traiu o movimento

Imagens: Reprodução.

Capa-surpresa

Em meio a essa torrente de reclamações quanto às capas de Adriane Galisteu, expressas não só aqui, mas em todas as redes sociais, o Ego publicou uma declaração da apresentadora sobre suas capas. O mais interessante é que ela confessou ter escolhido quatro fotos para essa finalidade, e que só uma foi escolhida, a da capa alternativa, de blusa branca. A convencional, mais importante e mais criticada, foi uma surpresa para ela - ela gostou, a maioria de nós infelizmente não. Confiram:

É perseguição minha ou realmente ela expressa um ranço de insatisfação e susto?

Insatisfação unânime

Ariadna, em entrevista ao TV Fama, falou que não ficou satisfeita com seu ensaio para a Playboy. Segundo ela, não levaram em consideração sua sugestão de foto para a capa ("de bundão"), a locação também não era a que ela queria, que aconteceram coisas que ela não esperava e foi tudo diferente do que ela pensou e do que fizeram ela acreditar. Mas QUEM é que gostou do ensaio?

Pode ter certeza, Ariadna, que você não foi a única a não gostar do resultado

Enfim, a capa de Galisteu

Estou abalado com a capa de Galisteu. Depois vem o texto.

Esta é a capa alternativa.

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CAPA CONVENCIONAL

Já tinha decidido, antes de a capa sair, que não compararia com a primeira, de 16 anos atrás. Considero injusto. A primeira tem um valor nostálgico que sobrepuja o valor estético. E, ainda por cima, é fantástica. Mas, de qualquer forma, compararei. Compararei porque, intencionalmente ou não, a capa dos 36 anos de Playboy ousou em usar, de forma equivocada, alguns elementos marcantes da capa dos 20 anos, que levam a uma associação imediata. São eles: o logotipo dourado, o móvel avermelhado e, principalmente, as sombras pairando sobre o corpo de Galisteu. Que bom seria se o problema fosse esse, mas não é. O problema é a pose, que não apresenta o melhor da beleza e charme da apresentadora, e o olhar disperso, distante, sem encarar o leitor, sem seduzi-lo. O olhar na primeira capa, é bom que se diga, é que dizia tudo. Infelizmente apostaram um suposto "arrojo" que não funcionou. Isso sem contar essa chamada posicionada sobre o seio, o código de barras em cima da perna e do nariz em seu pior ângulo. Não deu certo.

CAPA ALTERNATIVA

Essa é mais bonita que a convencional. Nesta Galisteu aparece mais sedutora, e o destaque é o olhar. Ainda assim, não comove. É simples e não sugere um ensaio espetacular. O que eu concluo das duas capas é a falta de planejamento. Capa, não é preciso que eu diga, é o primeiro contato do leitor com a revista. Mesmo com essa importância, me parece que não há o cuidado de produzir imagens com essa finalidade durante a sessão de fotos. Parece que as capas, na verdade, saíram ao sabor do acaso. Não fosse isso, certamente teríamos capas muito mais deslumbrantes, já produzidas com a precaução de chamadas não precisarem ser colocadas sobre o seio, de extrair a melhor versão da estrela possível, de parecer mais sensual e convidativa para quem vê. Nada disso nos foi apresentado, e eu lamento muito. Porque se trata de um retorno aguardado, que requeria grande cuidado e capricho. De capas fracas estamos fartos, e não é o que se deseja numa ocasião especial como essa. E essa crítica não é fruto de superexpectativa ou de chatice. É a verdade.

Vendramini new generation

Me desculpem se eu sou a pessoa mais atrasada do mundo, mas é que só vi o ensaio de Debby para o Paparazzo agora. Não estava botando fé, mas não é que o ensaio, clicado por Marcos Serra Lima, é bem respeitável? E a garota, que até outro dia era só uma garotinha, está gata, pelo visto está determinada a ser notícia. Além de decidir expor sua sensualidade agora, ela ainda declarou ser virgem, e isso, nós sabemos, costuma render comentários. Sem querer contestar a veracidade da informação, que pouco me diz respeito, acho que todo o contexto poderia ser aproveitado por Playboy. Vejo como uma capa superpossível. Seria, com o perdão da comparação, uma espécie de nova Luciana Vendramini. Todos haverão de concordar que ela é melhor que muita subcelebridade.

A ninfeta virou um mulherão

Fotos: Marcos Serra Lima/Reprodução Paparazzo.

Joga fora no lixo

Não sou bem lá um exemplo de colecionador cuidadoso. Para falar a verdade, sou bem desleixado. Já foi o tempo em que eu, preocupado em não "maltratar" minhas queridas revistas, as tocava com um supercuidado, as lia todo desconfortável em nome da boa conservação - não tolerava sequer um amassadinho. Também já não embalo em sacos plásticos com fita, muito menos encapo as mais velhinhas com contact. E, por conta do blog, sou obrigado a desmontar pilhas enormes, que levam dias para serem refeitas, sempre que preciso consultar alguma informação, e isso ocorre quase que diariamente. Resumindo: minha coleção está sempre uma bagunça. Mesmo não sendo tão zeloso como deveria, não suporto revista em mau estado de conservação. Na última organização que fiz, no fim de semana - vamos ver quanto tempo vai durar -, separei algumas que vão para o lixo.

Assim, de longe, até parecem ok, mas de perto...

Nem eu sei o motivo de já ter adquirido edições em condições deploráveis. Está bem, eu sei: por muita vontade de possuir a edição. Algumas também foram ganhadas - e cavalo dado não se olha os dentes. O que acontece, agora, é que tenho nutrido certo nojo e incômodo por essas edições. Algumas são unicamente pela capa e lombada, rachadas, riscadas, desbotadas e amassadas, e outras por não possuírem pôster, por faltar páginas etc. Mas algumas só irão de encontro ao lixo ou serão doadas para o sebo quando encontrar substitutas para elas, como é o caso da edição de Claudia Liz e de Sônia Campos - de longe, as edições mais castigadas que tenho. Ao todo, são por volta de 10 edições. Fotografei algumas e suas respectivas imperfeições, que me tiram do sério.

Essas aí só nascendo de novo. Quer dizer, só comprando de novo

Só de coroa, de preferência

Após ser coroada e em clique polêmico: a nova Miss Brasil vê nudez com bons olhos

Miss tem que ser, além de bonita, certinha, sonhar com a paz no mundo e ler O Pequeno Príncipe. Enquanto as regras do concurso permanecem antiquadas, não permitindo candidatas casadas ou que já tenham posado nuas - enquanto tolera beleza comprada, artificial -, somos testemunhas de ameaças de perdas de título. Foi o que aconteceu com a gaúcha Priscila Machado, de 25 anos, eleita no último sábado como a nova Miss Brasil. Como vocês devem ter acompanhado, ela foi alvo de uma polêmica após uma foto sua com os seios nus ter caído na rede. Para a sorte dela, não perdeu a coroa. Em entrevista, falando sobre nudez, ela declarou que acha o trabalho da Playboy muito bonito, e que posar não é seu "projeto para agora", mas que não costuma "fechar portas". Ou seja: não posa agora porque não pode. Mas quando passar a faixa, a exemplo de ex-Misses...

Jacqueline Meireles e Joseane Oliveira são duas das várias ex-Misses que fizeram Playboy

Galisteu pra mais de metro

"25 páginas de loucas fantasias com a nudez da supermodelo Cláudia Liz", "Tiazinha! 26 páginas de enlouquecer!", "Maria! 30 páginas deliciosas com a campeã do BBB". Estes são só alguns exemplos de várias chamadas de capa de Playboy onde, além da própria estrela, a quantidade de páginas de ensaio seduz um possível comprador. Hoje um ensaio-padrão tem cerca de 16 páginas, diferente do que tinha na década de 1980, seis, número mantido até hoje pela Playboy USA - menos, para nós, definitivamente não é mais. E eis que a coluna Olá, do Agora, que costuma dar informações quentes sobre a revista, sugeriu que o ensaio de Adriane Galisteu terá por volta de 40 páginas. Se verdade, é motivo para comemorar. Só não vai bater o recorde de maior ensaio, de Cleo, com 50 páginas.

Em ocasiões especiais assim, tem mais é que esbanjar páginas mesmo

(Obrigado, Leal)

Pegada brasileira

Diferente do Brasil, onde dez de doze capas são de bundinha, lá fora não é tão comum ver esse tipo de pose. O motivo é facilmente explicado: nós, brasileiros, somos os que mais valorizamos a estética traseira - de preferência grande, empinada e lisa -, enquanto o resto do mundo ainda continua considerando a bunda como um banal assento e saída para coisas desagradáveis, que não convém especificar. Mas a Playboy Grécia, pra variar um pouco, resolveu ressaltar a bunda da modelo em sua capa de agosto, que tem uma pegada mais brasileira. Não fosse a escapadela de seio, banida por aqui há tempos, e pelas chamadas, poderia ser confundida com uma das nossas.

Jeitinho brasileiro

Declaração do dia: Guilhermina Guinle

A atriz, dizendo se aceitaria posar nua após cenas picantes em O Astro, para o Uol Televisão.

Foto: Valério Trabanco/Reprodução Vip.

Prévia de Galisteu

Playboy deu início à divulgação da edição de agosto, que promete ser intensa. Nesta tarde, para nossa surpresa, disponibilizaram a primeira foto do ensaio de Adriane Galisteu, lindíssima. Nela, a apresentadora aparece no Palazzo Santa Croce, em Positano, parcialmente nua e favorecida por uma luz espetacular, além do cenário irretocável - um petisco animador. A imagem, que de certa forma remete ao primeiro ensaio pela produção de moda (com camisa entreaberta) já tinha sido vista na Veja desta semana, em primeira-mão. Abaixo, a reprodução do texto publicado na revista. Além desta conferimos outra imagem, com Galisteu em alto mar, mais atrevida e menos bonita.

GALISTEU NUA, EM PELO E OSSO
Adriane Galisteu, 38, tem a obstinação típica de pessoas altamente bem-sucedidas. Exemplo número 1 é a capacidade de remodelar o corpo. Para perder 12 dos 16 quilos que ganhou na gravidez de Vittorio, ela passou meses à base de pequenas porções de salada e sopa. "Mas só vou ficar feliz quando puder contar as costelas no espelho", diz. Exemplo 2, o gosto por pernas ao natural: "Não depilo as coxas. Meu marido gosta que eu tenha partes lisinhas e outras peludinhas". Em agosto todas estarão na revista Playboy, em fotos feitas na Costa Amalfitana, na Itália. "Não precisei de musiquinha para relaxar. Sabia muito bem para que estava lá", diz. Alguém duvida?

Mulher Melão na Playboy: você quer?

Mulher Melão nua na Playboy: você, você, você, você, você, você, você quer?

Desnecessário fazer esta pergunta, uma vez que sua opinião, caro leitor, não mudará os planos da Playboy. Segundo a coluna Olá, do Agora, a revista fechou contrato com a funkeira Renata Frisson, a Mulher Melão, para uma Edição Especial, que deve ser lançada entre setembro e outubro. O foco na mulher-fruta, que não é novidade no ~ cenário musical ~, pode ser explicado pelo sucesso do hit sem-noção Você Quer?, interpretado por Renata e difundido pelo Pânico na TV. Só lembrando que a nudez da Mulher Melão não é novidade. Ela já foi capa e recheio de uma revistinha furreca chamada A Gata da Hora, num daqueles ensaios que dispensam uma ida rotineira ao médico para um check-up, já que as fotos equivalem a uma endoscopia - vi e notei que seus órgãos estão supersaudáveis.

E você, leitor, vai pagar para ver os melões da Mulher Melão quicando na Playboy?

Julho memorável: Marcella Praddo

Há quem diga que a década de 1980 foi incrível. Do ponto de vista econômico e político, com certeza não. A moda, com suas cinturas altas e ombreiras, era de gosto duvidoso. Se analisarmos o cenário musical, as chances de discordarmos são grandes. O que todo mundo deve concordar é que hits como Ursinho Blau Blau e Olhar 43 não são o que pode ser considerado como obras inspiradoras da música brasileira. Só uma coisa que ninguém, absolutamente ninguém, homem ou mulher, é capaz de contestar: a beleza das musas da década. E como surgiram musas naqueles anos... Tão lindas e marcantes que tornaram-se inesquecíveis. Ainda bem que Playboy, consciente de seu papel, despiu quase todas elas, incluindo a espetacular morena Marcella Praddo, a Garota do Fantástico 1987.

Não me responsabilizo por você, leitor nostálgico, se clicou no play do vídeo acima. Se você tremeu, suou ou simplesmente foi tomado por uma forte saudade desse tempo, saiba que é o mínimo que poderia lhe acontecer. Imagino que essas cenas, que foram ao ar no dia 1º de fevereiro de 1987 durante o dominical Fantástico, onde Marcella Praddo exibe orgulhosa suas curvas, são capazes de levar homem feito às lágrimas. Até eu, que nem havia nascido, acreditei num passado de poesia e beleza natural. Foi através desse clipe que a "carioca da Tijuca", que à época "não queria outra coisa da vida e do futuro a não ser trabalhar na TV, no teatro e posar como modelo fotográfico", sentiu o gosto da fama. E foi o principal passaporte para ser imortalizada nas páginas de Playboy.

Marcella contou com o apoio da mãe para fotografar nua. "Fui a primeira a incentivá-la a fazer estas fotos", disse Damiana, convencida das oportunidades que sua filha poderia ter após o trabalho, no texto que acompanha as fotos. Ziraldo, que dispensa qualquer apresentação, também acredita ter convencido a modelo a ceder ao convite da revista. "Quando ela foi ao '1987', meu programa na TV Educativa, todas as gatas presentes que já haviam posado para a Playboy tentaram fazer a cabeça dela. Principalmente eu", disse o cartunista. Outras declarações de admiradoras nada anônimas fazem ode à beleza de Marcella. Uma delas é Xuxa, que sentenciou: "Marcella é deslumbrante". Fernando Vanucci, apresentador esportivo e seu então namorado, também rasgou elogios à amada.

Só há uma coisa a se lamentar nessa história: a quantidade de fotos publicadas. São apenas cinco. A primeira, um super close, destaca o olhar de Marcella, emoldurado com grossas sobrancelhas, que lhe conferem um ar wild. Em seguida, enfim, é possivel contemplar sua nudez total. Fotografada por Duran, ela aparece ao ar livre, de cabelos molhados, muito à vontade. Num dos cliques, mostrando sua flexibilidade, ela se alonga e abraça suas pernas. A pose fez tanto sucesso que foi reproduzida mais tarde para a capa de um superpôster. E, fechando o ensaio, numa sequência que quebra a ideia de um enredo que pressupõe à realidade, Marcella aparece sobre lençóis brancos. Fantástica, com o bumbum e cintura que a levaram a ganhar o título de Garota do Fantástico. Merecidamente.

Imagens: Reprodução.

Recado para você, leitor

Você, como colecionador de Playboy, tem alguma história para nos contar? Já fez alguma loucura por um autógrafo? Já realizou algum sonho relacionado à revista? O que já foi capaz de fazer para  adquirir determinado exemplar? Quer mostrar sua coleção e contar sua relação com Playboy? Histórias assim serão mais que benvindas no mês em que comemoraremos os 36 anos de Playboy. Se você acha que sua história é interessante e quiser colaborar, basta enviar seu texto e fotos para nosso e-mail (revistaqueamamos@gmail.com) até o final deste mês. As melhores serão publicadas aqui em agosto. Será uma forma de compartilharmos o mesmo sentimento de amor pela revista.

Conto com você, leitor!

Banho de água fria

Para quem tinha nutrido uma pequena esperança em ter Geovanna Tominaga na capa da Playboy depois de tê-la visto na seção MQA, pode tirar o cavalinho da chuva. Posar nua não é um desejo pessoal e muito menos profissional da japinha. Foi o que ela disse em entrevista ao TV Fama.

Sem chance

Só no carão

Capas de Lizzy Jagger pelo mundo: com e sem fundo falso

Vocês cansaram de ver postagens sobre as fotos de Lizzy Jagger para a Playboy aqui. Falamos sobre a repercussão no mundo, os países que também a colocaram na capa e o Photoshop tosco feito pela Playboy USA, que colocou um fundo falso na imagem que não corresponde à incidência de luz na filha de Mick etc. E só agora, passado o boom, que a Playboy África do Sul colocou Lizzy na capa, edição de agosto. A foto é a mesma, mas o enquadramento, quanta diferença! Super close! Teria ficado linda, não fosse as trocentas chamadas, esse splash e essa tarja preta poluindo tudo.

Beleza entulhada

As outras fariam o que a Betty... fez?

Não importa se já se passaram 10, 20 ou 30 anos: ex-estrelas de Playboy têm que contar com a possibilidade de, a qualquer momento, ser abordada por um colecionador da revista pedindo um autógrafo em sua edição. A diferença é que algumas levam numa boa, até tiram sarro da situação, enquanto outras, dependendo do grau de arrependimento do trabalho, podem se sentir não só constrangidas, como ofendidas. Uma estrela que deu um show de simpatia é Betty Faria, que autografou, a pedido de um colecionador, sua edição de 1984. De quebra, ainda reviu suas fotos, certamente orgulhosa. Esse colecionador, aliás, já tinha rendido nota no Ego ao fazer o mesmo com Maria Padilha, que, educada, autografou sua edição, mas na hora da foto deu um sorriso amarelo.

Você subiu ainda mais no nosso conceito, Betty!

Coelha conceitual

Claire Sinclair fotografada por Stephen Wayda: pin-up contemporânea

Claire Sinclair foi eleita, merecidamente, como a playmate of the year de 2011 pela Playboy USA em junho. Diferente das loiras siliconadas por quem os americanos mostram sua preferência, Claire é morena, mestiça, natural e com formas ultrafemininas, e é até um pouco, digamos, mais fofinha. Ela foi fotografada com o tema pin-up por Stephen Wayda, com vários figurinos e cenários. Certamente encantados pela beleza de Claire, a Playboy Eslováquia a elegeu como estrela de capa do mês de agosto. Mas reparem que curiosa é a imagem escolhida. Valorizar os atributos de Claire pra quê? Será os leitores de lá mais evoluídos, não ligam para a beleza plástica e curtem looks conceituais?

Praticamente uma coelha gagaísta cantando Telephone

Bloqueio criativo

Tudo bem que a lógica da coisa é mesmo conter gastos. Edições Especiais têm estrelas acessíveis (a.k.a mais baratas) e produções mais modestas. O.k. não ter viagens a lugares paradisíacos ou execução de ideias mirabolantes. É sempre o básico do básico, ou no máximo uma locação simples que imprime um grande valor estético no trabalho, como fizeram com Valesca na Rocinha e Nana Gouvêa no alto de um edifício. Mas daí a fotografar os Aviões do Forró dentro de um galpão já desce quadrado. Inúmeros ensaios recentes foram feitos em um galpão com uma cama no meio para diversificar nas poses. Mas, para não ser injusto, as três dançarinas (não seriam quatro?) também foram clicadas em um hangar. Ainda assim, essas premissas não me parecem nada animadoras.

É você, Marlos Bakker?

Muy guapas

Tô tendo boas surpresas ao revirar os arquivos de capas da Playboy de alguns países. Hoje foi a vez do México, e com uma intenção predeterminada: encontrar capas com estrelas brasileiras. Vocês sabem que quase todos os meses a Playboy de lá compra fotos produzidas aqui, que fazem o maior sucesso. Tanto é que na próxima edição a beleza brasileira será representada pelas gêmeas Mariana e Alexandra Severgnini. Já capas, tendo em vista o volume de matérias importadas que são publicadas na Playboy mexicana, são poucas. Entre elas estão Ana Paula Oliveira, Aviões da Varig e Lívia Lemos. Destaque para a de Betty Faria, de 92, impulsionada pela exibição de Tieta no país.

Brasileiras tipo exportação

Vejo, logo critico

Volta e meia nós comentamos sobre a padronização do logotipo da Playboy. Não há mais texturas, relevo, bordas, as cores são sempre as mesmas etc. Embora eu seja um entusiasta da criatividade na revista, esta capa da Playboy Rússia de agosto me parece equivocada. Que ideia é essa de o logo acompanhar a silheta da estrela e em cor diferente do resto? Sem dúvidas, ficou bem tosco.

Ideia de jerico

La Tetanic

Antigamente poetas comparavam seios a montanhas; hoje, icebergs

Anúncio de próxima capa é uma coisa que todo mundo adora. Na Playboy Brasil, nos anos 80, a revista comemorava conosco a conquista de uma grande estrela. Abaixo da foto vinha sempre a frase "Reserve já seu exemplar". Nos anos 90 e começo de 2000, o grande lance era produzir fotos criativas e frases de impacto. Hoje já não temos isso, mas enfim. É só pra dizer que os mexicanos têm esse privilégio de sempre saber, através de anúncios, quem serão as próximas capas. Em compensação as estrelas, fotos e frases são decepcionantes. Veja o anúncio da capa de agosto, com a atriz Roxana Martínez, a La Tetanic, que já tinha sido capa em 2003 (acima). O apelido, dizem, é por conta de uma peça de teatro homônima em que Roxana era protagonista. Hmm, tá...

Celine Dion, em algum lugar do mundo, canta My Heart Will Go On em posição fetal

Concurso Playboy 36 anos

Ninguém está me pagando para dizer isso, mas acho válido o merchan. Playboy, depois de muito tempo, idealizou um concurso para os leitores. O autor da resposta mais criativa para a pergunta "Qual a surpresa que a estrela, Adriane Galisteu, fará na edição de aniversário desta vez?" ganhará 6 meses de assinatura, dois convites para a festa de lançamento, que acontecerá do RJ e mais uma edição autografada pela apresentadora. Ainda há prêmios para o 2º, 3º e 4º colocados. Dá pra participar através de SMS e também por e-mail. Os detalhes estão todos aqui. Boa sorte!

Se o seu sonho é tomar uns bons drinks com Galisteu no Copacabana Palace, a chance é essa