Thursday, July 28, 2011

Enfim, a capa de Galisteu

Estou abalado com a capa de Galisteu. Depois vem o texto.

Esta é a capa alternativa.

-


CAPA CONVENCIONAL
Já tinha decidido, antes de a capa sair, que não compararia com a primeira, de 16 anos atrás. Considero injusto. A primeira tem um valor nostálgico que sobrepuja o valor estético. E, ainda por cima, é fantástica. Mas, de qualquer forma, compararei. Compararei porque, intencionalmente ou não, a capa dos 36 anos de Playboy ousou em usar, de forma equivocada, alguns elementos marcantes da capa dos 20 anos, que levam a uma associação imediata. São eles: o logotipo dourado, o móvel avermelhado e, principalmente, as sombras pairando sobre o corpo de Galisteu. Que bom seria se o problema fosse esse, mas não é. O problema é a pose, que não apresenta o melhor da beleza e charme da apresentadora, e o olhar disperso, distante, sem encarar o leitor, sem seduzi-lo. O olhar na primeira capa, é bom que se diga, é que dizia tudo. Infelizmente apostaram um suposto "arrojo" que não funcionou. Isso sem contar essa chamada posicionada sobre o seio, o código de barras em cima da perna e do nariz em seu pior ângulo. Não deu certo.

CAPA ALTERNATIVA
Essa é mais bonita que a convencional. Nesta Galisteu aparece mais sedutora, e o destaque é o olhar. Ainda assim, não comove. É simples e não sugere um ensaio espetacular. O que eu concluo das duas capas é a falta de planejamento. Capa, não é preciso que eu diga, é o primeiro contato do leitor com a revista. Mesmo com essa importância, me parece que não há o cuidado de produzir imagens com essa finalidade durante a sessão de fotos. Parece que as capas, na verdade, saíram ao sabor do acaso. Não fosse isso, certamente teríamos capas muito mais deslumbrantes, já produzidas com a precaução de chamadas não precisarem ser colocadas sobre o seio, de extrair a melhor versão da estrela possível, de parecer mais sensual e convidativa para quem vê. Nada disso nos foi apresentado, e eu lamento muito. Porque se trata de um retorno aguardado, que requeria grande cuidado e capricho. De capas fracas estamos fartos, e não é o que se deseja numa ocasião especial como essa. E essa crítica não é fruto de superexpectativa ou de chatice. É a verdade.