Monday, October 31, 2011

Entrevista com Ana de Biasi

Pra quem gosta de matérias do tipo "por onde anda", tenho uma boa sugestão. André Porto, que já escreveu aqui no RQA, vocês lembram, entrevistou Ana de Biasi, a ex-salva-vidas do Caldeirão do Huck que foi capa da Playboy em março de 2005 para o site da revista Mensch. Depois de se afastar da mídia e se formar em jornalismo, ela pretende retomar a carreira. Para conferir, basta clicar aqui.

O corpão, como dá pra notar, continua com tudo em cima...

A sósia de Dira

Clarencia: impressionante semelhança com a atriz Dira Paes

Os leitores mais antigos vão lembrar que em 2009 nós torcemos fervorosamente para que Dira Paes fechasse contrato com a Playboy. Eu realmente a desejei para a capa de aniversário daquele ano, uma mulher de beleza incomum, madura, no ar com uma personagem de sucesso (Norminha, de Caminho das Índias). Infelizmente não rolou, e lamentamos. Mas só estou relembrando isso porque achei esse ensaio de Clarencia, publicado na Playboy Hungria de novembro, que eu tenho quase certeza que foi produzido pela edição eslovena da revista. Ela não lembra demais Dira Paes? Dá quase pra imaginar como seria esse desejado ensaio que realmente só ficou na imaginação...

Realmente são parecidas, não é? Ou minha imaginação anda muito fértil?

Imagens: Reprodução.

A associação do leitor

Ainda bem que de vez em quando me mandam uns e-mails com sugestões de posts que fazem com que eu não me sinta o único que associa coisas relacionadas à Playboy. O leitor Helder, quando viu a capa de novembro da Playboy Rússia, automaticamente lembrou da capa antiga da Vip com Carol Kasting, semelhantes pela faixa tapando os seios e até pela calcinha do tempo da vovó... Não são?

Convencer de que elas são parecidas é fácil, quero ver alguém acreditar que essa faixa da capa da Playboy Rússia é verdadeira...

(Valeu, Helder!)

Sunday, October 30, 2011

A globalização da mulher-camarão

Não é uma particularidade do Brasil: há mulher-camarão em todo o mundo. E, como o rosto não tão fotogênico não as impede de serem gostosas, elas acabam ganhando o direito de ser capa da PBY. Nesses casos, não há muito o que fazer a não ser esperar uma excelente direção de fotógrafo, que, atento ao "problema", busca poses e ângulos que favoreçam a mulher. Isso fica mais fácil de ser contornado no ensaio, pois a mulher não precisa encarar a câmera o tempo todo, já para a capa a coisa complica. Possivelmente foi isso que condenou essa capa da Playboy Argentina de novembro. Apesar da pose e adereços clássicos, o rosto anguloso, sisudo e pesado da estrela não favoreceu.

E esse logotipo não-oficial, modificado? Pode isso, Arnaldo?

O Mundo de Playboy: breve histórico de capas

Já que o assunto de um dos últimos posts foi sobre a última edição de O Mundo de Playboy lançada, aproveito para perguntar: vocês se lembram da primeira edição? Aposto que sim. Foi em 2004, com Juliana Paes na capa, com uma foto ótima, de perfil, favorecendo seu corpão violão. Além das fotos inéditas de Juliana, a edição também trazia fotos de todas as estrelas daquele ano, totalizando 27 páginas de material inédito. O restante da edição, fazendo jus ao nome, já nasceu com o conceito de publicar as melhores fotos e reportagens de edições estrangeiras. Para relembrarmos, a capa:

Quem dera se fosse sempre assim, uma edição anual, mais caprichada e completa...

Ao longo do tempo essa edição extra oscilou em qualidade e, principalmente, em generosidade de material inédito - o número de estrelas em cada edição diminuiu bastante. Eu não tenho todas as edições (amargo a decepção de não ter a de Juliana Paes, por exemplo), mas a quantidade que tenho me permite fazer comparações. O melhor das mais recentes edições lançadas é que o papel agora é de melhor qualidade e o conteúdo não tem decepcionado. Analisando a beleza das capas, considero a de Juliana Knust como a mais bonita. O "logotipo" também mudou algumas vezes:

Dentre estas, se eu não estiver enganado, só está faltando a única edição de 2009, com Francine Piaia na capa

Obs: A edição extra O Mundo de Playboy foi lançada, na verdade, no começo dos anos 80. Esse "lançamento" em 2004 é, então, uma retomada do título.

LiLo no Japão

A notícia de Lindsay Lohan na Playboy americana rendeu. O curioso é que não será a primeira vez que Lindsay aparecerá na capa de Playboy. Em 2007 ela foi capa da Playboy Japão, com um super close, cuja composição quase a transformou numa personagem de desenho japonês. Evidente que ela só foi a capa, e não há nenhum ensaio dentro da revista. Esse privilégio é só da Playboy USA...

Quem vê pensa que ela é toda angelical assim...

Tira-gosto de Cacau

Tudo mundo já viu, mas vou comentar brevemente o teaser do ensaio de Cacau mesmo assim. Bem, o cenário que vemos é o que mais intriga: será que esse ensaio todo feito em estúdio vai agradar? Ela já saiu falando por aí que este trabalho é bem superior ao primeiro, e tive notícia de que Nahas estava inspirado. Mesmo assim, permaneço receoso quanto ao resultado final, já que, a tomar como exemplo casos anteriores (Jaque, Tchecas...), o estúdio é quase que um prenúncio de tédio total...

Mas não dá pra condenar o ensaio assim, precipitadamente. Vamos esperar, quem sabe surpreende?

Wednesday, October 26, 2011

O Mundo de Playboy II

Ontem aconteceu uma coisa curiosa. Passei rapidamente numa banca com a intenção de comprar a mais recente edição O Mundo de Playboy lançada, com Maria Melilo na capa. Enquanto observava os detalhes da capa, me veio à cabeça: que insensatez usar meia-dúzia de fotos inéditas de estrelas que já apareceram nuas e em movimento no DVD de making ofs como atrativo de uma edição extra. Claro que, de qualquer forma, terá quem se interesse pela edição, mas para quem já tem todas as edições regulares e o volume do DVD em que elas aparecem é meio forçado. As fotos inéditas - cujo ineditismo em geral se resume a milimétricas diferenças de poses das já publicadas - passam a não ter tanto valor. Talvez inconscientemente tenha usado a pressa como justificativa para não comprar naquele momento, fato que prova meu desinteresse em adquiri-la. Mas vou comprar, só pela leitura.

Outra coisa: achei a capa bem interessante, chamativa e comercial, mas fiquei assustado com o recorte duro do cabelo-capacete de Maria...

P.S.: Me refiro, obviamente, às estrelas Andressa, Nicole, Fani & Natália, Michelly e Dany Giehl. Maria, o principal destaque da edição, ainda não apareceu no DVD de making ofs.

Lindsay Lohan na Playboy USA!

Se ontem nós ainda encarávamos com certa desconfiança a veracidade das notas que diziam que Lindsay Lohan posaria para a Playboy USA, hoje temos certeza: sim, ela será capa, provavelmente de dezembro (mês preferido de Hugh Hefner). Pelo menos é o que afirmou sua mãe, Dina Lohan, à imprensa americana. E tem mais, ela já fotografou, sessão essa que, segundo relatos, parece ter deixado os paparazzis ensandecidos. Não é para menos. Lindsay, que começou a carreira de atriz ainda criança, tendo atuado em inúmeros filmes infantis, cresceu e virou a garota-problema, virando pauta obrigatória dos principais tablóides, seja pelo seu ex-romance homossexual, por seu vício em drogas, seus vários condenamentos à prisão ou pelo visual arruinado que exibe de vez em quando. Mas, o que isso importa? A América ama Lindsay, e essa edição será histórica. E eu quero a minha.

Alguma dúvida de que foi um golaço da Playboy USA?

Monday, October 24, 2011

Você escolhe

Como outubro já praticamente acabou, eu me enrolei e não me programei, partamos para o próximo mês. Qual das edições de novembro abaixo merece ser considerada como memorável?

Mylla, Marina ou Scheila?

Onde está Simone?

Eu, em minha empreitada de conhecer/rever as pérolas do cinema brasileiro, assisti Oh! Rebuceteio, filme hoje considerado cult por cinéfilos. Para quem nunca ouviu falar desse filme, Oh! Rebuceteio é uma espécie de paródia do espetáculo Oh! Calcutta!, que literalmente serve de palco para cenas de sexo explícito, muito sexo explícito, indo muito além da insinuação da pornochanchada, ainda em alta em 1984, ano em que esse filme foi lançado. Mas, calma, eu não fiquei louco ou errei de blog, há relação com Playboy. Numa cena, onde o ator e diretor do filme Cláudio Cunha aparece em um camarim, há, na parede, a capa bem grande da segunda Playboy de Simone Carvalho. Isso de deve ao fato de que, no mesmo teatro em que gravaram o filme, estava em cartaz a peça O Analista de Bagé, protagonizada por Simone e Cláudio Cunha. Agora, fala sério: informação ultrarelevante, né?

Lembrando que O Analista de Bagé é aquele mesmo criado por Luis Fernando Verissimo, que virou personagem de quadrinhos e que foi publicado em Playboy por anos

Obs: Não reparem, é a segunda-feira. Ou seja, criatividade em baixa.

A poderosa Luiza Tomé

Neste final de semana eu revi algumas edições de 2004 (ainda naquele processo de encapar minha coleção, que não acaba nunca!), o que me motivou a procurar na internet vídeos relacionados às edições daquele ano. E achei. Um vídeo, que ainda não tinha visto, ou já tinha visto e esquecido (a memória anda fraca...), é o de Luiza Tomé. Não tem nada de especial, a imagem é péssima, mas gostei da declaração dela, que afirma que com seu ensaio, o objetivo não era só pagar de gostosa, mas que queria fotos que tivessem força, atitude. Acho válido perder 2 minutinhos com este vídeo.

"Acho que uma mulher com 40 anos, com três filhos, é uma mulher poderosa, sim!"

Obs: Tem comentário sobre esse ensaio aqui.

Saturday, October 22, 2011

Guerreira macabra

Playboy Sérvia de outubro: um retrato catastrófico do erotismo contemporâneo

O erotismo, ao que tudo indica, está em crise. Reparem: os ensaios sensuais (provocantes, não de nu) de revistas como a Vip, por exemplo, são cada vez mais afetados, fracos e enfadonhos. Os de nu total, então, parece que perderam a mão e desconhecem o propósito de uma foto erótica, se observarmos o que anda sendo feito pelo mundo. Ainda bem que temos excelentes fotógrafos, que, apesar de tudo, são praticamente imbatíveis nos quesitos qualidade e sensibilidade. Comparando com as matérias das Playboys estrangeiras, como a Playboy Sérvia, dá pra ter um indício do quanto a fotografia erótica vai mal. Tornaram uma suposta guerreira, que, aliás, é um tipo de fetiche, numa criatura patética e extremamente artificial. Uma foto que sintetiza esse equivocado erotismo atual:

E olha que não é a foto mais tosca do ensaio, hein?

Foto: Reprodução.

Sem limite

Apesar de não me considerar conservador, e de já ter sido um entusiasta de seios expostos nas capas (quem não gosta da capa da Joana Prado 2000?), reconheço que deve haver limite para tudo. A Playboy República Tcheca, pelo jeito, desconhece o significado de limite. Ao produzir sua capa de novembro, a revista foi literalmente fundo e por pouco não revelou a genitália da estrela. Muito se deve à extinção dos pelos pubianos, que, desmatados, limita o mistério à vulva de fato.

Se fosse nos anos 80, o corte seria, no máximo, a poucos dedos abaixo do umbigo...

Friday, October 21, 2011

Rivalização sadia

Sempre achei patética essa ideia de rivalizar Playboy com a Sexy. Tudo bem, elas são concorrentes, e concorrência significa referência de qualidade e competitividade - e isso é de extrema importância. Talvez isso fizesse mais sentido há um tempo, quando cada revista atendia a um perfil de leitor distinto, aparentemente antagônicos, mas a coisa vem se afunilando e se fundindo. Então, hoje, já não existe o perfil de leitor A ou B: ambas tentam seduzir o mesmo público-alvo. Cabe a nós, como alvos dessas publicações, reconhecer méritos e deméritos. Ser leitor de Playboy não me impede, por exemplo, de prestigiar o grande acerto da Sexy em colocar na capa Carol Nakamura, que sempre foi pedida pelos leitores de Playboy, que, por sua vez, nunca deu ouvidos. Essa é a "rivalização" sadia, de tentar mostrar que uma está fazendo o que a outra poderia ter feito, e não essas panelinhas defensoras que existem, que sequer admitem a menção do nome da concorrente. Coisa de criança.

Vai dar Sexy na preferência geral em novembro: sim ou com certeza?

Thursday, October 20, 2011

Minimalista Playboy

Acho muito bacana quando alguém usa sua paixão por Playboy como fonte de inspiração e se vê motivado a converter isso numa atividade enriquecedora, abusando da criatividade. Foi o que fez Patrick Cassimiro, que criou o Tumblr Minimalista Playboy, cuja ideia é, segundo o próprio, pegar um elemento ou objeto de cena dos ensaios e produzir capa/pôster da edição. É bem divertida essa brincadeira de associação, e, de quebra, mostra quão atentos somos aos detalhes. Exemplos:

Tem mais no Tumblr, favoritem já!

As revistas proibidas (parte 2)

No final do mês passado eu sugeri a leitura da matéria "As Revistas Proibidas", sobre as extintas revistas eróticas das décadas de 70 e 80, feita pelo jornalista Matheus Trunk, que colabora para a revista Vice. Pois bem, aquela é a primeira parte da matéria. A segunda já está no ar (para conferir, CLIQUE AQUI), e eu sugiro que deem continuidade à leitura. Desta vez vocês poderão conhecer mais quatro títulos que, de uma forma ou de outra, concorreram com a Playboy nas bancas, apesar de não terem a mesma linha editorial, mas que estavam dentro do mesmo segmento erótico. Entre elas a Semanário, que fazia um exótico mix de ensaios sensuais, entrevistas e fofocas de famosos.

Hardcore ou soft, todas elas, hoje, só permanecem na lembrança de seus leitores

Wednesday, October 19, 2011

Setembro Memorável (mais que atrasado): Scheila & Sheila


Juntar duas estrelas que já haviam sido fenômenos de vendas em capas individuais em pleno auge da carreira parecia uma excelente ideia. E foi. Scheila Carvalho e Sheila Mello, estrelas de Playboy de fevereiro e novembro de 1998, respectivamente, voltaram no ano seguinte, e juntas, com direito a anúncio de edição de colecionador na capa. Como tinha acontecido no ano anterior, com Carvalho e seu bambolê e Mello com seu colar de flores, o tema do ensaio foi escolhido em função da música que o É o Tchan, grupo de axé que explodiu nos anos 90, cujo sucesso em grande parte se devia às próprias dançarinas minimamente vestidas e com suas coreografias ousadas, trabalhava: Tchan na Selva. A revista, esperta, uniu o útil ao agradável e ainda teve a sagacidade de associar o ensaio à música do momento. Estes foram os ingredientes que garantiram o sucesso da edição de set/99.

Ainda está fresco na memória de todos nós, mas convém lembrar que, até então, nunca havíamos tido musas com tamanho apelo popular. A trupe de dançarinas liderada por Carla Perez renderam bons frutos à Playboy, e todas as edições que tiveram elas como estrelas entraram para o ranking de edições mais vendidas da história da revista, mas esta ocasião foi a única vez em que duas dançarinas do É o Tchan dividiram a mesma capa, e prometia o mesmo êxito. O fato deu vazão a lendas deliciosas, como a de que elas, na verdade, se odiavam, e que só fizeram Playboy com a condição de não sugerirem lesbianismo nas fotos - e assim se fez. Há, inclusive, o mito de que elas fizeram a capa separadas no estúdio, e que depois, manipulando as fotos digitalmente, colocaram as duas lado a lado. Informações que só temperam ainda mais esse delicioso momento de Playboy.

A equipe, orquestrada pela benquista Ariane Carneiro, tendo J.R. Duran como o fotógrafo escalado para o ensaio - autor de todos os trabalhos anteriores das dançarinas do grupo -, e Florise Oliveira e Regina Hoffman responsáveis pela produção, mais as estrelas Scheila e Sheila, claro, maquiador e cabeleireiro, foram até o estado do Amazonas ambientar o ensaio em plena Floresta Amazônica, como o clipe da música Tchan na Selva, cheio de licença poética, sugeria. A atipicidade da produção e relevância do trabalho fizeram com que o Fantástico, através do ator Oscar Magrini como Repórter Por Um Dia acompanhasse a feitura das fotos. No Youtubeum trecho desta matéria em que é possível ver Duran falando sobre a dificuldade de fotografar duas mulheres juntas: "É complicado. Dobra o número de cabelos brancos. Tem que manter as duas na mesma intensidade.", disse ele.

O esforço rendeu 22 páginas de ensaio mais pôster, que abre de maneira bem sugestiva: uma foto da beleza natural da Floresta Amazônica ao lado da beleza natural das dançarinas, que ainda não haviam se rendido à moda do silicone, trajadas como índias com seus cocares. E o ensaio segue com cenas que mesclam certo realismo, com situações mais naturais, como a foto em que remam em meio ao Rio Negro, com cenas posadas, feitas em locação interna, num hotel, e externas, abusando da paisagem característica do local. Apesar de a edição equilibrar o destaque e quantidade de fotos individuais presentes no ensaio, dá a impressão de quem mais brilhou foi Sheila Mello, protagonista das fotos mais bonitas do ensaio, pelo menos para mim. Mas as duas, mesmo que independentes, fizeram valer o fetiche do leitor de vê-las juntas e nuas. Com certeza, grande setembro memorável.

Imagens: Reprodução.

Tuesday, October 18, 2011

A vendagem da edição de julho

Segundo o Instituto Verificador de Circulação, a edição de julho da Playboy, que teve como estrelas as Tchecas, teve uma circulação líquida de 159.519 exemplares (os números de tiragem, quantidade de assinantes e exemplares vendidos em banca vocês conferem abaixo). Com esses dados, Playboy consolida ainda mais seu péssimo desempenho este ano, que, ao que tudo indica, está garantido até dezembro. Comparando com as vendagens do mês de julho dos últimos 5 anos, só vendeu mais que o forçado repeteco de Andressa Soares em 09, cuja capa ridícula vendeu 156.251 exemplares.

É, Playboy, tem alguma coisa errada acontecendo com você...

Apesar das Tchecas terem apelo, da capa ser atrativa e de terem vindo no momento adequado, a vendagem foi modesta. Sem dúvida alguma isso se deve à má divulgação, à repercussão ruim e ao descrédito do leitor com a revista, mas não deixa de ser intrigante. Tentando buscar uma resposta, criei a enquete abaixo, que mostrará ao menos como vocês têm se relacionado com PBY. Votem!

Vanessa Zotth: desejo dos leitores

Vanessa Zotth, a intérprete da Fifi de Assis: "Quando tiro 10 eu fico com tanto calor..."

Quando as atenções dos leitores de Playboy convergem de uma só vez para determinada mulher, significa que ela está em destaque, que atende aos requisitos para ser capa e, mais importante, sinaliza que é o momento ideal para despi-la. A mulher que mais vem sendo pedida pelos leitores atualmente é Vanessa Zotth, a Fifi de Assis da Escolhinha do Gugu - isso ficou claro nos comentários aqui do blog, no Twitter etc. Vanessa, pra quem não sabe, não é novata na tarefa de mexer com a libido masculina. Ela já foi panicat, fez parte do grupo Banana Split e, hoje, além de interpretar a personagem que já foi da saudosa Paula Melissa, faz parte do corpo de baile do Programa do Gugu. Sendo assim, algo me diz que, em breve, esses pedidos serão atendidos. Playboy, quando resolveu escutar leitores e colocou Andressa na capa de janeiro, aprendeu que é vantajoso escutar-nos.

Fifi de Assis, janeiro, edição de humor... Tudo muito apropriado, não?

Monday, October 17, 2011

Dica do leitor: entrevista com Bob Wolfenson

Bob Wolfenson com Sônia Braga, durante a feitura do ensaio de 1986 para a Playboy

Ano passado, mais precisamente em setembro, Bob Wolfenson apareceu nas páginas vermelhas da revista TPM. Na ocasião a entrevista foi integralmente reproduzida aqui, e agora sugiro sua leitura novamente depois de ter sido indicada como assunto para post pelo leitor Lucas Oliveira, já que tem sempre alguém que não viu - e é o tipo de entrevista prazerosa de reler. Nela o fotógrafo fala sobre sua infância, início de carreira, a "rivalidade" com J.R. Duran e sua passagem pela Playboy, destacando alguns trabalhos. Abaixo, só os trechos em que o assunto é nu/Playboy. O restante da entrevista pode ser conferida clicando aqui ou então aqui, da forma como foi publicada na revista.

Outra entrevista bacana com Bob é a feita pela própria Playboy, em novembro de 1999

Imagens: Reprodução.

O strip tease de Angelina Muniz

Angelina Muniz, em sua última capa de Playboy: strip tease memorável

Costumo dizer que sou um colecionador de Playboy de fachada, porque meu conhecimento sobre a revista está longe de ser invejável e incontestável. Pra falar a verdade, a graça está em descobrir curiosidades, saber coisas do qual não se tinha ideia. Sendo assim, acho que ainda tenho muito a desfrutar. Só pra dar um exemplo: eu já sabia que a segunda capa de Angelina Muniz, de fev/85, era tripla, por conta do strip tease anunciado. Mas pensava que era uma capa desdobrável, e não uma sequência de capas  - apesar da presença do logotipo nas imagens indicar isso. Só descobri que não era desdobrável quando adquiri essa edição, e isso aconteceu na semana passada. É o tipo de coisa que parece bobagem, mas nós adoramos e que torna a edição muito mais especial.

Essa foi uma bela e marcante despedida

Imagens: Reprodução.

Desequilibrada

Playboy Holanda de novembro: a foto é bonita, mas não funciona para a capa

A Playboy Holanda, como vocês já sabem, tem uma proposta diferente, tem uma linha editorial mais, digamos, diferenciada, menos óbvia. Acho louvável, mas nem tudo o que fazem é bacana. Não acho, por exemplo, que a capa de novembro tenha ficado boa. Ao menos para mim o objetivo de uma capa de Playboy é muito claro, e não acho que, para ser criativa, como a Playboy Holanda tenta ser, tenha que se abrir mão de vários outros quesitos tão relevantes quanto, como fácil identificação da estrela, uma foto que apresente o melhor de sua beleza... Enfim, dá pra equilibrar todos os fatores sem que caia na vala do óbvio, ou da criatividade excêntrica, que passa por cima da sensualidade.

Algumas fotos do ensaio da estrela que parece ser mulher de um apresentador de TV famoso:

A primeira foto lembra bastante os ensaios de praia de Herb Ritts...

Imagens: Reprodução.

Saturday, October 15, 2011

Preferência Nacional

Já está à venda a edição especial Preferência Nacional, aquela que não tínhamos ideia do que seria quando conferimos a agenda de lançamentos da Playboy. Na capa diz "as deliciosas campeãs da Preferência Nacional", ou seja, é bem provável que a edição seja composta por um mix de fotos inéditas e não inéditas de Dany Giehl, Manhara Castro e Paola Feijó, a primeira, segunda e terceira colocada da primeira edição do concurso, cujos ensaios integraram a edição de fevereiro deste ano. E a capa, que surpresa! Apesar de o conteúdo desta edição estar na categoria caça-níquel, essa capa produzida com capricho funciona como um incentivo para compra. Ela é, como já devem ter sacado, uma reprodução da capa de maio de 1977, quando ainda tinha o título Homem. Na verdade a foto foi produzida pela Playboy USA e usada aqui. O que importa é que a nova versão ficou ótima.

Além da foto ter ficado ótima, brincando com essa possibilidade de close de bumbum que já não cabe à edição regular, por motivos óbvios, gostei de não terem usado o logo habitual das edições especiais. Assim ficou mais elegante

A capa reproduzida, clássica: do tempo em que o apelo fama da estrela não era valorizado

Friday, October 14, 2011

Dica do leitor: Lívia Andrade falando sobre Playboy

Lívia Andrade, ex-mallandrinha, reclamou na TV que não recebeu todo seu cachê quando posou para a Playboy por culpa de seu empresário, Sergio Mallandro

Nos anos 90, quando explodiram as bandas de axé, e no começo dos anos 2000, quando o funk entrou na moda, essas novas tendências musicais refletiram na capa da Playboy, e por isso tivemos uma avalanche de dançarinas, integrantes de pseudo-grupos musicais etc. O que todas elas têm em comum é que eram assessoradas por empresários bem espertinhos, e há registros de queixas de que, ao posar para a Playboy, algumas dançarinas receberam uma pequena parcela do cachê - a maior parte era destinada aos empresários. É o que disse Lívia Andrade no Programa Silvio Santos no domingo passado, reclamando, em tom de brincadeira, que Sergio Mallandro a explorou. Quem tiver curiosidade de ver, é só colocar no minuto 09:45 do vídeo abaixo, sugestão do leitor Fernando Guerra. No minuto 11:35 Lívia aparece "cantando" com as outras mallandrinhas há aprox. 10 anos.

Lívia continua gata, né? Mas, como enfatiza Silvio Santos por pura implicância, exagerou no silicone...

Thursday, October 13, 2011

Joana Machado: o mundo dá voltas

Preta Gil e Natália Castro no Twitter: o assunto é a possibilidade de Joana Machado fazer Playboy

Só foi Joana Machado ser anunciada como a grande vencedora da quarta edição d'A Fazenda para os pedidos para tê-la na capa da Playboy começarem. Sim, Playboy. No Twitter, inclusive, Preta Gil disse que "exige" ela na Playboy, e dá a entender que ela não merece ser capa nem da Sexy e nem da Vip. Contudo, todavia, entretanto, como vocês bem sabem, ela foi capa da Sexy este ano, o que inviabiliza a coisa, como bem lembrou Natália Castro, ex-BBB11 (que também foi capa da Sexy este ano). Lembrando que Joana já ralou muito para descolar capa da Playboy: plantou inúmeras notas (lembram que as notas diziam que seu ex, Adriano, cobria ofertas milionárias da revista?) e só conseguiu foto no MQA. Mas, mesmo que não tivesse feito Sexy, duvido que Playboy teria interesse.

De campeã de reality show, por enquanto, Playboy deve estar querendo distância...

Imagens: Jaime Pilnik & Renan Rêgo/Reprodução Sexy.

Singelo e bonito

Dando sequência à série de posts fragmentados sobre a edição de outubro da Playboy, quero falar sobre o segundo ensaio interno, que quase sempre não falo, ou falo muito superficialmente. Mas este mês acho válido o destaque, porque achei a garota escolhida muito gostosa e que o fotógrafo mandou bem, mostrando que simplicidade não é sinônimo de ensaio ruim. O nome dela é Jaque Massai, uma mesticinha que quer ser dentista, e o fotógrafo é Sergio Kovacevick, que teve à mão somente uma cama e uma parede para produzir fotos interessantes, e conseguiu. É a prova de que a necessidade de produzir ensaio com baixo orçamento (condição atual da Playboy) não quer dizer correr para o estúdio. Nestas fotos, além da nítida simplicidade, dá pra conferir até nudez frontal...

Olha aí, Playboy, ainda está em tempo de rever seus conceitos de produção...

Imagem: Reprodução.

Wednesday, October 12, 2011

Ex-Berlusconi

Pegando carona no gancho político do post abaixo, foi publicado na edição de novembro da Playboy Eslovênia o ensaio de Evelina Manna, ex-amante de Silvio Berlusconi, primeiro-ministro da Itália, que foi fotografada por Tony Kelly originalmente para a Playboy americana de outubro. As fotos têm as principais características do fotógrafo: humor, ostentação, abordagem de moda, muita cor, casarão, jardim, serviçais... Tudo muito legal, criativo e despretensioso, mas tudo muito repetitivo. Quase todos os ensaios de Tony Kelly feitos para a Playboy, seja a americana ou a francesa, são assim. Mas falando de Evelina, é uma mulher bem bonita e aparentemente toda natural e que surpreendentemente deixou-se ser fotografada com nudez frontal. Poderia ter rendido uma capa.

Legal, Tony, mas bora provar que você não se limita a isso?

Imagens: Reprodução.

A irmãzinha de Marcela Temer

Na edição de outubro, como uma forma de apresentá-la oficialmente, colocaram Fernanda Tedeschi, até então a capa de dezembro, abrindo a seção Happy Hour. Nenhum problema nisso, só ao fato de as fotos serem bem frias e desestimulantes, fazendo um desnecessário mistério em torno da irmã de Marcela Temer. Mas o que mais me deixa receoso é a possibilidade dessas fotos serem apenas um descarte do que realmente será o ensaio, que já se tinha notícia de que seria feito em estúdio e traria elementos alusivos a luxo e poder. Espero estar enganado, pois se é um petisco do ensaio, nessas condições, teremos algo que dificilmente será expressivo... Os cliques são de Luis Crispino.

Mais um ensaio boring assim não dá, seria insistir demais no mesmo erro

Imagem: Reprodução.

Tuesday, October 11, 2011

As entrevistas da edição de outubro

Por enquanto, só li as entrevistas da edição de outubro da Playboy. Tenho por hábito lê-las no mesmo dia em que recebo a revista, então, sempre que escrevo minha opinião sobre o conteúdo, e isso geralmente acontece no final do mês, eu já esqueci quais são os pontos fortes e fracos das entrevistas, e acabo relendo-as, o que não é necessariamente um fardo ou uma tarefa feita a contragosto. Mas, para não perder tempo desta vez, aproveitando que as entrevistas estão fresquinhas na minha memória, vou dizer o que achei delas, e meu parecer sobre o restante do conteúdo vem mais tarde (aproveitem o feriado de amanhã para ler a revista, seus preguiçosos!).

Se você acha que Aguinaldo Silva é só um autorzinho que xinga muito no Twitter, essa é a chance de conhecer um pouco mais sobre o cara

Ao contrário do que muita gente disse ter achado, achei a escolha do novelista Aguinaldo Silva para o entrevistão pertinente e merecida. Além de ter uma carreira respeitável, ele é polêmico e isso é pura munição para o entrevistador, que cutuca a personalidade até extrair declarações expressivas. A editora Adriana Negreiros foi a responsável por entrevistá-lo e mandou muitíssimo bem, sempre exercitando sua habilidade de trazer à baila questões que tendem a render. E nesta entrevista ela equilibrou muito bem a gama de assuntos, que vai desde galãs gays enrustidos até plágio e possíveis trocas de favores nos bastidores das novelas. O único ponto negativo, que não é uma particularidade desta entrevista, é que é bastante curta. As entrevistas atuais de Playboy têm perdido a essência de entrevista densa, de certa maneira cansativa de ler, mas que, ao término da leitura, o leitor tem um diagnóstico preciso da personalidade do entrevistado.

Regiane Alves: linda, competente, simpática...

Gostei também das 20P com Regiane Alves, que foi entrevistada por Nathan Fernandes. Aqui o clima é outro: descompromissado, mais sacana, com perguntas relacionadas principalmente a sexo. Mas além de fantasias, compras em sex shops e outras coisas do tipo, ela falou também sobre sua Playboy, que, voltou a dizer, tem orgulho de ter feito, e da possibilidade de estampar outra capa no futuro - há chances, há chances... Apenas a foto ficou aquém do potencial da atriz. Fernando Torquatto para o clique, cara Playboy? Que foto apática, sem vida. Ficou boa não. Mas é detalhe...

Monday, October 10, 2011

A melhor das Mulheres de Areia

Quem tem pouco mais de 20 anos sabe que o mundo já foi mais cool. Antes do politicamente correto e da classificação indicativa na TV, era comum que víssemos peitinhos e bundinhas sendo exibidos às 18 horas, como quando foi ao ar a novela Mulheres de Areia, da Globo, em 1993, e que agora está reprisando no Vale a Pena Ver de Novo. Todos os dias a provocante Mônica Carvalho aparecia ousada na abertura, entre névoas de areia e respingos d'água. Foi o suficiente para chamar a atenção da Playboy, que a colocou na capa no mesmo ano, e que produziu uma capa bacana, cujos elementos fazem relação direta com a abertura. Não sei se na reprise os trechos picantes da abertura foram cortados, mas abaixo, para quem tiver interesse, tem o vídeo, na íntegra. E a capa, evidentemente.

Neste caso, a associação da modelo com a abertura através do efeito visual é perfeita, coisa que não aconteceria só com a chamada da capa

Isso me remete aos bons tempos da infância...

The College Issue

Acabo de ver e já quero muito a edição de novembro da Playboy USA. Olhem a capa abaixo, não é ótima? Ela vem na mesma pegada visual da anterior, com elementos que remetem ao visual usado no passado (cabelo, cardigã...), ou seja, é uma capa esteticamente vintage. E, além do mais, a modelo é linda, e mesmo fazendo esse tipo tímida e inocente, está bastante sensual. A lamentar, somente as chamadas editoriais, que a espremem sem dó nem piedade - nem mesmo tentando me convencer de que lá, sim, o conteúdo é relevante para o leitor e o destaque é justificável, perdoo esse crime. Falando em chamadas, não se decidem quais tipografias usar. Não gosto desse mix.

Como resistir a um olhar desses?

Sunday, October 9, 2011

Mais Desirée pra você

Semana passada aconteceu uma ação de divulgação da edição de outubro no Twitter bem legal, que muitos de vocês devem ter acompanhado - eu, na minha semana free-Playboy, fiquei por fora. Funcionou da seguinte forma: disponibilizaram uma foto inédita de Desirée Oliveira, onde estava escondido um coelhinho, e os cinco primeiros que o achassem ganhavam uma edição autografada. Pois bem. O que quero comentar é que a foto é bem boa, e se fosse eu o responsável por editar o ensaio, certamente a teria incluído - seria mais uma foto de bunda, mas mais quente e inusitada. A pose de Desirée, aliás, lembra uma foto do ensaio de Leila Lopes. Alguém mais associou as fotos?

É claro que rolou um escurecimento estratégico, até pra poder ser divulgada...

Aproveitando o assunto, me mandaram uma dica de vídeo em que Desirée fala sobre o ensaio. Não só fala do ensaio como vai além, e conta como foi feita sua depilação, feita com a ajuda do marido: 

Que marido generoso, não?

Foto: Divulgação.

Melhores Making Ofs vol.14

Segundo a agenda de lançamentos de edições extras da Playboy divulgada pelo site PubliAbril há um tempo, um novo volume de DVD de Melhores Making Ofs só seria lançado no final de novembro, mas fomos pegos de surpresa. Já chegou sorrateiramente às bancas o 14º volume da coleção, que é especial ex-BBBs, com a finalidade de "relembrar uma década de BBB", com material inteiramente requentado. Pra quem não tem os volumes anteriores, acho que vale a pena, já que são 2h27 de vídeo, caso contrário não faz sentido comprar. E não são todas as ex-BBBs que estão incluídas, obviamente, mas tem Juliana Canabarro e Roberta Brasil da safra mais antiga. E aproveitando o ensejo, quero dizer que desisti de colecionar esses DVDs. Só volto a comprar quando alguém me avisar que estão editando os vídeos decentemente, e não da forma porca como vem sendo feito.

O anúncio do DVD presente na edição de outubro:

Ah, que saudade dos primeiros volumes...

Saturday, October 8, 2011

Quem te viu, quem te vê, Desirée

Apesar da minha indiferença e ausência de expectativa, acreditava na possibilidade de o ensaio de Desirée Oliveira, clicado por Marlos Bakker, ser um pouco menos monótono. É assim que o classifico, como monótono, depois de folheá-lo algumas vezes. O ensaio é, sim, respeitável, do contrário não teriam leitores que o tivessem aprovado, mas para mim está longe de ser considerado relevante. O que o condenou, sob meu ponto de vista, foi o fato de a matéria ser composta por 90% de fotos feitas dentro do trem. Resultado: uma profusão de tons de marrom onde a Mulata Difícil encontra-se quase que totalmente camuflada. Ninguém reparou nisso? Ninguém, durante a sessão de fotos, percebeu que era necessário explorar muito bem a parte externa da locação e priorizá-la na edição?

Dentre outras coisas, faltou cor e contraste no ensaio. É claro que ele é pontuado por algumas cores, ainda que escassas, mas não a ponto de salvá-lo do tédio marrom, marrom, marrom e com uma mulher de pele marrom perdida no meio. Por isso gosto muito mais das cenas externas, que são mais vivas, criativas, mais descompromissadas e que mostram Desirée em ângulos que a valorizaram. Ainda sobre as imagens feitas fora do trem, apenas gostaria de ser convencido que a foto da página 107 não é montagem. Gosto também da abertura, que achei bem adequada e provocante, e da foto do quarto, onde Desirée aparece perto da janela, que sem dúvidas é a que está mais bonita, tanto de rosto quanto de corpo. O resto é bem qualquer nota, pouco expressivo.

Fica nítido, observando as fotos, que Desirée e Marlos foram pelo caminho mais fácil, da coisa superposada, estática, com cenas duras e óbvias, em que a modelo sempre olha para a lente e se arrebita. Não dá pra condenar pois a situação necessitou de uma direção mais precisa, mas faltou mais leveza, compromisso com a naturalidade, um sorriso espontâneo, por exemplo. Falando em naturalidade, uma observação positiva: a manipulação das imagens preservou suas formas mais largas, e não a transformaram numa mulher totalmente artificial. Para minha surpresa o resultado ficou bem crível. Também observa-se um comedido afrouxamento em relação à censura na exibição da nudez. Assumiram o brazilian wax dela, ainda que apareça numa só foto. Mas é um progresso...

Resumindo a coisa toda: o ensaio é mediano, cumpre seu papel, prova que qualquer mulher, mesmo que esteja fora do padrão 90-60-90, pode aparecer bem quando bem produzida e fotografada. Mas falta presença, falta uma composição de cena um pouco mais sofisticada, falta um jogo de sedução um pouco mais sacana que transcende as poses arrebitadas para a câmera. Também passaram batidas algumas minúcias relacionadas à produção e edição final. Contudo, é importante que nós reconheçamos os fatores limitantes (Desirée Oliveira não tem experiência como modelo fotográfico, está fora de forma), e que o foco, neste caso, foi mostrar a estrela da melhor forma possível, o que pode ter sido o principal critério de escolha das fotos - mesmo que resultasse num ensaio marrom.

Imagens: Reprodução.