A ilustração de Valentina, de Guido Crepax, que serviu de base para a capa de março da Playboy, com estrela homônima
Considero FABULOSA a capa de março da Playboy, com
Valentina Francavilla em foto de Crispino. Mas confesso que, inicialmente, fiquei receoso com a ideia de caracterizá-la como uma personagem de história em quadrinhos, que vai na contramão da linguagem popular, do facilmente identificável - a revista poderia, por exemplo, colocá-la com um cassetete em punho, associando-a ao seu patrão - mas escolheu um caminho mais difícil e arriscado, que deu certo. A capa é bastante atraente: o tom cereja de vermelho, junto com o texto em branco, bem diagramado, tornou o conjunto requintado, combinando perfeitamente com a forma que a pele de Valentina foi iluminada. E ela está linda, em pose ótima, reproduzindo com certa fidelidade a ilustração original de Guido Crepax, assim como a produção de moda acompanha e adapta os acessórios do desenho. De defeito, que na verdade não compromete a capa, cito apenas o sutiã, conservador demais, que não valorizou tanto os seios de Valentina, quando poderia ter sido usado um biquíni de couro. Pra finalizar, destaco a expressão da estrela. Num primeiro momento achei um tanto séria demais, mas, depois de observar mais, concluí que a sisudez fez diferença. O foco está no olhar e, se você atentar-se a ele, pode ser conquistado.
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Fotografei você na minha Rolleiflex...