Culto ao trash

Vou confessar uma coisa: sofro de bipolaridade. Não a relacionada à personalidade, ao humor, mas sim ao gosto pessoal. Ao mesmo tempo em que dou valor um um trabalho fotográfico impecável de Playboy, por exemplo, gosto de algumas produções trash, sobretudo as da Playboy USA. Eles têm uma identidade visual tão forte, que reflete um estilo de vida e um ideal de beleza tão caricato, que chega a ter graça. A capa da edição abaixo, de setembro de 1993, por exemplo, é exageradamente cafona, mas é simpática. Adquiri esta edição recentemente, sempre quis tê-la. Mas que fique claro: contento-me em curtir a cafonalha americana, afinal, pimenta nos olhos dos outros é refresco. Aqui, só desejo trabalhos de qualidade, que mostrem ao mundo que somos craques da fotografia erótica.

Ou vai me dizer que embora seja trash, não é simpática?