Tuesday, February 28, 2012

Fevereiro Memorável: Bárbara Borges

Há 7 anos, interpretando uma personagem homossexual na TV, Bárbara Borges apareceu nua em Playboy pela primeira vez com um intuito: despertar a lésbica que existe em você

2005, um ano importante para a Playboy, foi o ano em que fui tomado pelo desinteresse e fiquei alheio à revista durante um bom tempo. Não por culpa de Playboy, que fique claro, os motivos são outros. Por isso não sei exatamente qual foi a reação dos leitores quando souberam que Bárbara Borges posaria nua. Num primeiro momento ficaram surpresos com a notícia, imagino, e logo em seguida mais que entusiasmados - eu certamente teria ficado. Afinal, mesmo que ainda em início de carreira, Bárbara Borges, num papel polêmico na novela Senhora do Destino, sinalizava que seria uma grande atriz, das mais desejadas e encantadoras. Como plus, ela ainda trazia consigo um ar de boa moça, angelical, mantido desde os tempos de Paquita. Esse conjunto de características geralmente significa resistência às investidas de Playboy. Mas Bárbara fugiu à regra, lindamente.

À esquerda, a capa oficial, com foto escolhida pelos leitores. Do lado, capa fake com a foto que entrou na disputa, feita por mim - não reparem, é de quando eu tinha tempo e pouca habilidade

Essa tão marcante delicadeza de Bárbara Borges foi suprimida já na capa. O combo olhar fatal mais pose de bundinha ganhou a preferência dos leitores, que puderam escolher, através de votação no site, qual imagem seria usada na capa. A outra opção, a foto que aparece na abertura do ensaio, essa sim, delicada e apenas insinuante, perdeu feio. A proporção da votação foi de 10 x 1, como disse Rodrigo Velloso, diretor de redação à época, no Entre Nós da edição, dizendo, ainda, sobre a foto vencedora, que "ninguém imaginava que a discreta Bárbara fosse tão exuberante". Concordo. Mas tenho que dizer que, infelizmente, a imagem foi enxovalhada com muito texto mal diagramado, com cores pouco favoráveis e com uma imperdoável faixa no rodapé - um período em que Playboy sofreu com uma direção de arte pouco refinada. Ainda assim, a exuberância da estrela se sobressai.

O ensaio, ah, o ensaio... Ficou a cargo de Luis Crispino, clicado em Barra do Maraú, Bahia, e editado com precisão por Ariani Carneiro. As fotos, juntas, podem ser consideradas uma legítima matéria de beleza. Tudo é muito confortável, relaxante - ao mesmo tempo em que é estimulante - e natural. Bárbara sempre é o foco absoluto das imagens, sempre posadas, e muitas vezes o cenário aparece desfocado, propositalmente, como se não importasse. É um dos mais felizes trabalhos do fotógrafo para a revista, que conseguiu registrar de uma maneira muito bonita a plenitude e naturalidade do corpo de Bárbara, ainda sem silicone e não modelada à malhação pesada, exatamente como voltou em 2009, em outro ensaio muito bonito, por André Passos. Mas é o primeiro ensaio que realmente pode ser considerado memorável. A primeira vez é sempre mais especial e impossível de esquecer...

Imagens: Reprodução.

Monday, February 27, 2012

Ô, Mylla

Este final de semana, folheando algumas edições, encontrei a primeira entrevista de Mylla Christie para a Playboy, de julho de 1991, quando ainda eram 10P. Gostei tanto da foto, assinada por Paulo Vainer, que resolvi postar aqui, para os que nunca viram possam admirar. Tão novinha, tão lindinha.

Curiosidade: a foto que ilustra suas 20P, na edição de outubro de 1997, já era de seu ensaio, fotografado por Bob Wolfenson. Tão apaixonante quanto essa

Imagem: Paulo Vainer/Reprodução.

Noiva conquistada

E aos poucos, devagar e sempre, minha coleção cresce. A edição de outubro de 1987, que eu havia incluído em minha wishlist, já não é mais um desejo, é uma realidade. A adquiri por R$12,90, o que, comparado aos preços que se vê por aí, pode ser considerado um bom negócio - e, além do mais, o exemplar se encontra em um ótimo estado de conservação, íntegro e tudo mais. Para não dizer que ela está perfeita, há um pequeno, porém perceptível descascado na capa, mas não me incomoda tanto. Agora é esperar que as demais edições desejadas cruzem meu caminho, bem conservadas e baratas, porque acredito em destino, e o destino delas é ter um dono como eu, zeloso. Brincadeira!

A despedida de Magda Cotrofe em Playboy, por si só, já torna esta edição um clássico

Sunday, February 26, 2012

Jéssica Amaral em high quality

Eu sei que a essa altura do campeonato ninguém está mais interessado em nada da edição deste mês, todos já estão ansiosos pela chegada de Valentina Francavilla, a estrela de março, mas tenho que compartilhar com vocês essas fotos de divulgação de Jéssica Amaral, em altíssima qualidade, especialmente pra quem gosta de salvar esse tipo de material, curte fazer montagens de capa etc.

Um sonho: receber todos os meses o material de divulgação em alta qualidade assim

P.S.: As fotos são ainda maiores. É só salvar.

Saturday, February 25, 2012

Amor estereofônico

Certamente você já ouviu alguma vez, mesmo que involuntariamente e a contragosto, o hit Stereo Love, popularmente conhecido como a "música da sanfona", que estourou há dois anos e tocou em todos os lugares possíveis - e hoje ainda toca nas festas mais caídas. Foi o sucesso dessa música de gosto duvidoso que alçou a cantora, produtora e DJ Vika Jigulina à fama, sobretudo em seu país, Romênia, onde cedeu ao apelo de Playboy e aceitou posar para a capa de março. Na chamada, bem alarmante, a associam à música, completando com a informação de que seu hit atingiu a marca de 160 milhões de visualizações no YouTube. Antes tivessem tido a preocupação produzi-la mais dignamente, e realizado um tratamento de imagem mais natural. Vika parece uma boneca de cera.

Do YouTube direto para a Madame Tussauds Playboy Romênia

Thursday, February 23, 2012

Quem serão as futuras capas?

Três mulheres já garantiram sua capa de Playboy este ano. A pergunta que não quer calar é: quem serão as mulheres que ocuparão as outras nove vagas em aberto?

Bem que tento, na medida do possível, diversificar as postagens do blog, mesmo nosso assunto de interesse sendo um só. Mas eu sei que, se dependesse de vocês, o RQA seria um blog investigativo, cujo único objetivo seria descobrir as futuras capas de Playboy. E já que especular é uma de nossas atividades preferidas, vamos, juntos, tentar prever o que a revista nos reserva este ano. Vamos lá!

Estas três negociam com a Playboy. Resta saber, de fato, quem irá assinar o contrato

Até agora, temos conhecimento que três mulheres são alvos concretos da Playboy. Ellen Rocche foi o primeiro nome a vazar, e sua negociação com a revista se arrasta há muitos meses, desde o ano passado. Há quem diga que ambas as partes já chegaram a um acordo, só que não declaram de uma vez que ela será capa porque ainda não se sabe o momento ideal para isso acontecer, e muito provavelmente será quando ela estiver no ar em alguma produção da Globo. A panicat Aryane já pode ser dada como certa, ainda que ela esteja tentando melhorar seu cachê antes de finalmente assinar. Já Val Marchiori é um caso mais enigmático. A negociação existe, só não sabemos se ela irá ceder ou não. Notas dizem que ela recusou educadamente, mas ainda assim a revista a corteja.

Ah, as futuras ex-BBBs... Virão em menor quantidade este ano ou não?

As participantes desta edição do BBB são um capítulo à parte. Houve todo aquele papo de que o plano é reduzir a quantidade delas na capa da revista este ano, o que eu pessoalmente duvido que aconteça - deverão ser três capas, uma a menos do que vinha se tornando habitual. E especular quais as grandes candidatas a posar nua não é difícil. Das que têm potencial, chegamos a quatro nomes: Laisa, Renata, Kelly e Monique. Tudo vai depender, é claro, de como serão as negociações, do quanto elas se mostrarão interessadas ($$$) em posar e tudo mais. Ainda podemos, inclusive, ser surpreendidos com uma capa com Fabiana. A maior dúvida é em relação à Monique. Ela já disse que posaria sem problemas, e sei que há uma predileção por ela por parte da revista, mas tem a questão de estar fora de forma. Se Playboy for mais racional desta vez, que dê chance somente às mais objetivas, porque ex-BBB fria já está provado que o público não engole. Elas são perecíveis.

Para mim, estas são as candidatas à capa mais importante do ano, de agosto

Que fique claro que estas são apostas minhas, ou, melhor, desejos meus, sem qualquer relação com as candidatas oficiais da revista - não sei de nada a respeito. Só sei que seria ótimo ter Carol Dieckmann, num momento mais do que adequado na carreira, e Fernanda Lima, musa absoluta, sonho meu desde sempre. O que me anima é que elas são sonhos bem possíveis, já que só não cederam ainda pelo cachê exigido e por outras exigências. Fernanda Vasconcellos não está no mesmo patamar que as outras duas, mas seria uma opção que não decepcionaria. Junto com ela, destacaria outras dezenas de nomes, mas meu feeling diz que ela está disposta e no ponto certo.

E as candidatas de vocês, quem são?

Tuesday, February 21, 2012

Capa de abril: Laisa Portela

Ou alguém duvida disso?

Foto: Cristiano Cardoso.

Para gringo ver

Hugh Hefner, contratado como vovô-propaganda da Devassa, deu o maior cano e não compareceu no camarote da marca no Carnaval do Rio de Janeiro, mandando o filho em seu lugar. Mesmo que não tenha visto com seus próprios olhos o que é considerado o maior espetáculo do mundo, na edição de março de sua revista há uma pequena matéria enaltecendo o Carnaval, quase que só uma desculpa para publicar fotos da beleza brasileira em seis páginas. A escolhida foi Jéssica Maia, capa de fevereiro de 2009, em fotos de Marlos Bakker. Há, ainda, pequenas imagens de algumas passistas, incluindo Tatiana Pagung e Juliana Paes. Jaqueline Faria, capa de maio do ano passado, também aparece nesta edição, na seção Afterhours, com foto usada como chamada para a matéria.

Como dá pra notar, a cor do fundo da foto de Jaque, originalmente branca, foi mudada para rosa. Assim como a foto em que Jéssica aparece deitada sobre plumas, artificialmente amarelas


Imagens: Reprodução.
(Obrigado, Fernando)

Negócio da China

Quando estou de bobeira, gosto de ver os anúncios de venda de Playboy pela internet, mesmo que eu não tenha intenção alguma de comprar nada. E, pelo que percebo, o que não falta por aí é gente sem noção. Com essa ideia de que edições antigas são todas valiosas, e que comercializá-las pode ser um bom negócio, tem muita gente acreditando que pode faturar alto em cima de colecionadores, colocando à venda edições aos pedaços por preços inacreditáveis - no pior sentido possível, claro. A edição da foto abaixo, por exemplo, pode ser adquirida pelo precinho simbólico de R$50,00. É mole?

Repito: é mole?

Monday, February 20, 2012

Falando em Lindsay Lohan...

Mês passado eu contei aqui da minha busca desastrosa pela Playboy brasileira com Lindsay Lohan na capa e cheguei a explicitar meu desejo em adquirir a edição americana. Como eu tendo a sempre compartilhar somente os percalços, desta vez vou dividir com vocês o meu final feliz, e já aproveitar para agradecer a todos que se sensibilizaram com meu drama e se ofereceram para ajudar. Thanks!

Esta edição bem que tentou fugir de mim, mas já encontra-se em meu domínio e arquivada

Claro que escrevo em tom de brincadeira, não foi nenhum drama, mas ainda assim essas conquistas um pouquinho mais difíceis acabam tendo um gostinho mais especial para quem coleciona, vocês sabem. A edição brasileira eu consegui através de um amigo (obrigado, Anderson!), que me mandou logo após eu ter dito que não tinha encontrado em minha cidade. Acabou que mais tarde eu acabei achando a edição por aqui nas bancas em que eu já havia passado e solicitado, mas, precipitado que sou, não quis esperar pra ver. Já a americana calhou de um outro amigo (obrigado, Fernando!) viajar pra gringa a tempo de garantir a minha. Isso, claro, significou uma grande economia, porque comprar revista importada aqui custa os olhos da cara, sem dizer que a tal edição estava em falta...

Não, amigos, eu não rompi o plástico. Tenho problemas ou só estou enxergando uma valorização futura que pode me ajudar num possível momento de infortúnio?

Precisão no corte

Por mais que a estrela seja gostosa, que a foto seja ótima e toda a produção muito feliz, não há modo de uma capa dar certo se o corte da imagem não favorece. Como sou um pouco conservador, não gosto de invencionices nesse sentido e priorizo que o espaço seja preenchido da melhor forma, com foco total para a mulher. A Playboy Alemanha considerou isso e optou por um enquadramento mais próximo na já conhecida foto de Lindsay Lohan para sua capa de março. Apesar de achar que a capa americana com Lindsay, assim como a brasileira, ficaram ótimas com o corpo inteiro da atriz (desconsiderando o pequeno corte do pé esquerdo), a da Alemanha destaca mais a personalidade.

Só não precisava desse "efeito Coca-Cola" no nome dela, né?

Thursday, February 16, 2012

Ring girl

A Playboy USA, nós sabemos, pode ser considerada sinônimo de gosto duvidoso e produções kitsch. Mas de vez em quando, é bom reconhecer, a revista faz coisas dignas de elogios, principalmente no que se refere à capa. E eles têm apresentado uma boa sequência desde setembro passado - ainda que em níveis de qualidade oscilantes. A capa de março, com a estrela Brittney Palmer, ring girl das lutas do UFC, já foi divulgada, e mantém o grau de respeitabilidade. Não inova, é básica e tem uma pitada kitsch, mas me conquista no geral, e me encanta a capacidade de contextualizar o coelhinho.

Dana White curtiu isso

(Obrigado, Fernando)

Wednesday, February 15, 2012

Edição 441


A julgar pelo conteúdo da atual edição, fevereiro é mesmo o mês mais "desprezado" por Playboy. Nota-se que as melhores pautas são reservadas para edições cuja expectativa é que repercutam e vendam mais. Pelo retrospecto que temos, é difícil ter uma impressão diferente desta. Na deste ano, as escolhas infelizes das personalidades entrevistadas não colaboram para o sucesso da edição. Renata Fan, apresentadora do Jogo Aberto, da Band, desde o início me parecia que não renderia um entrevistão. E não rendeu, e não por culpa da repórter. Mais enxuto que o habitual, o bate-papo conduzido por Camila Gomes é superficial, não acrescenta nada, não surpreende com nenhuma boa declaração. Não a toa a frase escolhida para a chamada de capa nada mais é que um momento de modéstia à própria gostosura, o que dá uma ideia da relevância da coisa. Nesse caso, conclui-se que ela teria rendido no máximo 20 perguntas. E nas 20P temos Kaley Cuoco, atriz de The Big Bang Theory, em material enlatado, para piorar a situação. Daquelas entrevistas em que a probabilidade de desistir da leitura antes de chegar à vigésima pergunta é grande. Só abobrinha...


Camila Gomes também foi a responsável pela matéria sobre Cap d'Agde, a cidade mais promíscua da França, onde muitos frequentadores são, além de nudistas, adeptos do swing. Fazendo um comparativo, as reportagens sobre swing estão para a Playboy assim como as sobre pôquer estão a VIP: pautadas à exaustão. Tirando esse fato, a narrativa é interessante, prende quem lê, mas deixa a desejar pela impessoalidade e por não ter requinte voyeurístico. As ilustrações de Lambuja, literais às cenas descritas na matéria, são ótimas. A segunda reportagem, A Última Esperança do Boxe, ficou a cargo de Fernando Valeika de Barros, e é sobre o boxeador filipino Manny Pacquiao, que, como diz o título, é considerado a última esperança do esporte diante da ascensão do MMA. Apesar de sugerir um perfil detalhado sobre o boxeador, a reportagem se concentra em comparar os dois estilos de luta, e desaponta nesse sentido. Por fim, temos Traçando São Paulo, assinada por Negreiros, assumidamente inspirada nas reportagens ilustradas de Shel Silverstein para a PBY US. O resultado ficou surpreendentemente bom, e é sempre ótimo poder ver suas ilustras na revista.


Outra coisa que me chamou a atenção é que não temos a seção Playtimes este mês. Allan Sieber e Mauro A. voltaram para o Happy Hour e não há texto de Ivan Lessa. Lamento se isso significar o fim de uma seção que gostava muito. Sobre o Lessa, acho que ele já colaborou o suficiente, mas faço questão que o espaço de suas crônicas seja ocupado por alguém tão relevante quanto. Ademais, a revista segue com suas atrações de sempre. Só não posso deixar de destacar a Globeleza Aline Prado ótima em foto de Jorge Bispo abrindo do Happy Hour e pedir que desistam de uma vez por todas dessa coisa de informar a escola de samba e o horário em que algumas musas vão desfilar, porque não serve pra nada e está mais para entulho dentro da revista. Até o apelo visual é fraco...

Imagens: Reprodução.

Tuesday, February 14, 2012

Você decide

Atendendo a pedidos, a seção Ensaio Memorável está de volta. Portanto exerça seu dever cívico de voto e escolha o ensaio de capa de fevereiro que considera memorável. Maitê, Hérica ou Bárbara?

Vote!

Monday, February 13, 2012

Bumbum campeão

Playboy mostrou, em fevereiro, que a safra de ensaios de 2012 está sendo fabricada para agradar a todos os paladares - e está conseguindo. O ensaio de Jéssica Amaral, a vencedora do concurso Preferência Nacional, que ficou a cargo de Bico Stupakoff, apresenta, em quantias harmônicas, os ingredientes que garantem a satisfação e o prazer de quem o consome: é leve, espirituoso, quente, criativo e bonito. Nada mais que um resgate de uma fórmula que já deu muito certo no passado, e que por algum motivo foi esquecida. Alegro-me, ainda, por poder ver um trabalho que não me mune com observações negativas, e seguido de outros ensaios igualmente felizes, como foi o de Bárbara Evans e Vanessa Zotth. Sem perder o hábito, só lamento pelas capas, que não fazem jus ao ensaio.


Jéssica não foi a candidata por quem torci, quem eu julgava merecer o título de dona da mais bela bunda do país. Mas nem por isso deixo de reconhecer que ela tem um belo corpo e, sim, uma boa bunda, e tudo absolutamente natural (não só no sentido de ser sem silicone, mas também de não ser ultramalhada). E o atributo ganhou o destaque merecido na matéria, em ângulos, posições e enquadramentos favoráveis, mas sem se resumir a isso. Esse equilíbrio da edição me agrada, assim como a atenção dada à arte. Há bastante tempo eu reclamava que o título e texto de apresentação dos ensaios não passavam de uma fonte qualquer aplicada à foto, sem considerar a temática do ensaio, e clamava por um cuidado maior. A abertura deste ensaio é excelente justamente por ter esse requinte, com as polaroids adiantando o clima íntimo e amador das fotos que vêm em seguida.



Outra coisa interessante a ser observada é que, com exceção da abertura, as polaroids delimitam o trabalho mais experimental/autoral de Bico Stupakoff. No restante das fotos, que ocupam páginas inteiras, Bico adequa-se à linguagem da revista, mais tradicional, com luz natural, diferente de seu primeiro trabalho para a Playboy, o ensaio-depressão com Ariadna, totalmente composto por fotos granuladas e com cores saturadas. Assim, o que poderia ter ficado confuso, sem propósito definido, caso tudo estivesse misturado, ficou coeso, inusitado e com sentido, enriquecendo esteticamente o ensaio. E é mais um indício de uma edição mais consciente e preocupada com a opinião do leitor, que priorizou imagens de nudez nítida, tão reivindicadas ao longo dos anos anteriores. Bola dentro.

Imagens: Reprodução.
(Obrigado, Romualdo)

A bela, filha da fera

E teve boatos de que Letícia Wiermann, filha do apresentador Datena, estará numa das próximas edições de Playboy. Tudo indica que ela fotografou para o Happy Hour. A moça é bem bonita, hein?

Não adianta tentar esconder o coelhinho, Letícia!

(Obrigado, Lucas)

Plebiscito erótico

A esta altura do campeonato todos já estão sabendo que a Playboy está em plena negociação de capa com Val Marchiori, a socialite que vem chamando a atenção no reality Mulheres Ricas, da Band. A novidade é que a revista está consultando seus leitores através de uma enquete, com o objetivo de verificar se Val é mesmo uma mulher que desperta desejo, e consequentemente se vale a pena investir nela. Infelizmente não recebi este questionário - que deveria ter sido enviado a todos os assinantes -, mas vocês já sabem qual seria a minha resposta. Ademais, tenho que dizer que acho uma medida extremamente acertada a de consultar os leitores antes de tomar uma decisão dessa.

Assina, Val, assina!

Sunday, February 12, 2012

Ode à naturalidade

Tenho a impressão de já ter dito isso aqui, mas, se já disse, repito: adoro ensaios que reproduzem a estética dos anos 1970. Os últimos produzidos com essa temática pela Playboy foram muito bem-sucedidos, e eu adoro, que são o de Eloah Uzeda, capa de março de 2007, e Michelle Costa, estrela de março de 2009, ambos assinados por J.R. Duran. Talvez o clima de naturalidade seja o que mais encanta, com a mulher em postura mais despojada, sem encarnar a femme fatale. Justamente como é o ensaio Cathy Lynn Rowland, fotografado por Mario Casilli, e publicado pela Playboy americana em agosto de 1971. Este mesmo ensaio integra a Playboy Itália de fevereiro, na seção chamada Vintage, reservada especialmente para ensaios mais clássicos. Mais nostálgico que isso, impossível.

Imagens que inspiraram paz e amor

Imagens: Reprodução.

Saturday, February 11, 2012

Qual é o nome do filme?

Ao ver a Playboy Ucrânia de março, logo identifiquei que as fotos da playmate Lilia Sorokina foram "inspiradas" num famoso filme, apesar de a língua impedir que eu identificasse a menção do título no texto do ensaio. Mas nem precisa, já que as fotos são, na verdade, reproduções de cenas, e em alguns momentos só tenta se aproximar do figurino original. Confesso que achei hilária a tentativa de refazer Audrey Hepburn tocando violão e cantando Moon River. Ops, já acabei dando uma dica...

Moon river, wider than a mile...

Imagens: Reprodução.

Wednesday, February 8, 2012

Musa de desenho

Para quem gosta de ilustrações, como eu, tivemos o privilégio de ter em duas ocasiões desenhos exclusivos do italiano Milo Manara publicados em Playboy. Na primeira vez ele ilustrou um conto de Patrícia Melo para a edição de agosto de 2010, que, se eu não estiver enganado, tem o título de O Flagelo das Princesas, e a segunda ilustração foi publicada no mês passado, um retrato de Marcela Temer para a retrospectiva da revista (excelente). A Playboy Itália, que deve ter visto isso, decidiu compensar o fato de não ter publicado um desenho exclusivo do artista que, além de considerado um mestre da HQ erótica, é prata da casa, e encomendou logo uma ilustra para a capa deste mês.

Bacana, né? A Playboy daqui poderia se inspirar e fazer o mesmo, só que com uma ilustração de Benício e para capa alternativa. Afinal, também temos que prestigiar nossos artistas

Capa de março: Valentina Francavilla!

E o mistério chegou ao fim. Valentina Francavilla, a italiana do Programa do Ratinho, será a capa de março da Playboy. Excelente contratação! Mas sou suspeito para falar porque há algum tempo eu desejava ela na revista. A decisão foi muito acertada se observarmos que Valentina, além de linda, não surgiu agora na TV e está no ar todos os dias em horário nobre. Não só isso, como também a revista sai da rota óbvia de mulheres-alvo, o que traz um frescor e a sensação de surpresa, e isso é muito bom! Sobre o ensaio, que ainda não foi feito, será clicado por Luis Crispino nesta sexta-feira, em seu estúdio. E o tema, algo bastante inusitado: Valentina, a personagem de Guido Crepax, um clássico do quadrinho erótico. Como a personagem é uma fotógrafa, tudo leva a crer que Valentina fotografará outra mulher no ensaio, explorando bastante elementos fetichistas. Aguardo ansioso!

Mandou bem, Playboy! Mas, se não explorarem o potencial de Valentina, a cobra vai fumar!

Imagens: Reprodução.

Tuesday, February 7, 2012

Marta, a rainha negra do basquete


Ano passado, ao escrever sobre minha aquisição da edição de dezembro de 1991, com Sônia Lima na capa, que comemorava 20 anos, o leitor Edinei Vasconcellos pediu para que eu dedicasse uma postagem ao ensaio de Marta, a "rainha negra do basquete", também presente na edição, pedido esse reforçado por outros leitores. Então, com o objetivo de cumprir essa minha promessa, e fazer com que outros leitores conheçam um pouco sobre esse marcante ensaio, é que escrevo sobre ele.


Marta de Souza Sobral, naquele ano, tinha conquistado o ouro nos jogos Pan-Americanos em Cuba como pivô da seleção brasileira de basquete. Com o destaque merecido dado pela imprensa, e pela sensualidade reconhecida pela Playboy, veio o convite para posar nua. Assim como aconteceu com Hortência, que havia sido sucesso absoluto na revista anos antes, o grande objetivo era, além de mostrar a nudez inédita de Marta, revelar sua feminilidade, ofuscada pelo uniforme ultramasculino dos jogos. Ela foi fotografada por Klaus Mitteldorf entre falésias superbrancas que realçaram o tom de sua pele, e com acessórios étnicos, que ajudaram a compor a imagem de uma verdadeira "rainha negra". O ensaio é LINDO, qualidade fotográfica impecável, muito bem editado, coisa rara à época.

Muitos consideram Marta como uma das mulheres mais desprovidas de beleza que já posaram para a Playboy. Outros ainda apontam para o fato de a direção de pose e a edição do material esconder seu rosto propositalmente. São impressões pessoais sobre Marta e sobre o ensaio. A única certeza, inquestionável, é que não tiveram peito em assumi-la na capa, seja por ser negra ou não ter beleza comercial.


Pra mim, um dos ensaios mais bonitos da primeira metade dos anos 90, sem dúvidas

Imagens: Reprodução.

Chutando o pau da barraca

Estas são as fotos de divulgação da Playboy de fevereiro, com Jéssica Amaral fotografada por Bico Stupakoff. Mais uma vez chutaram o pau da barraca e divulgaram uma foto com seios e nu frontal.

Ainda não vi a revista (assinatura atrasando...), mas tô gostando do que vejo

Imagens: Bico Stupakoff/Divulgação Playboy.

Background do dia

A menos que uma revista se lixe para a legibilidade das chamadas e não se importe em garantir o destaque da personalidade na capa, o fundo da imagem sempre será neutro, ainda que a cor seja chamativa e independente se é estúdio ou locação. Não é o caso da capa da Playboy Lituânia deste mês, que, ao invés disso, preferiu camuflar a estrela num background que parece ter sido tirado de um banco de imagens. E quem quiser ler quais são os destaques da edição, que force seus olhos...

Agora, se o objetivo desse cenário junto à expressão de pavor da modelo foi criar uma cena de terror, tenho de parabenizá-los, pois conseguiram

Monday, February 6, 2012

A capa alternativa de Jéssica Amaral

Antes que alguém pergunte, eu respondo: não, esta capa não é fake

Esta é a capa alternativa de Jéssica Amaral, que será destinada exclusivamente ao varejo, que tem a aparência de amadora. Apesar de as cores escolhidas serem quentes, a imagem ser boa e adequada ao seu destino, a composição ficou péssima. Tudo porque a foto foi feita em externa, e Jéssica foi recortada para aplicar o fundo laranja. Reparem que há uma incidência de luz natural nela, e o fundo é chapado, sem profundidade, o que faz dar a impressão de que ela está flutuando. Uma pena, pois, se planejada, feita em estúdio e com uma luz favorável - inclusive para favorecer mais a bunda de Jéssica, como na foto do concurso, de Marlos Bakker -, teria ficado boa. Gosto MUITO do short jeans atarracado, com esse desfiado dando a impressão de pelos pubianos, e a pose padrão, como já disse, não é motivo para desmerecer a capa, até porque nesse caso é uma necessidade. Ou seja: infelizmente não teremos capas bem-sucedidas disponíveis em fevereiro.

Aquisição, conservação e restauração

O já icônico sorriso de Rosenery Mello, que desde os anos 80 recomenda uns bons drink

Finalmente adquiri a polêmica edição de novembro de 1989, com a fogueteira Rosenery Mello. Não estou exatamente feliz com a aquisição, pois o estado de conservação da edição me desagrada um pouco. Mas, se considerarmos que ela foi publicada há quase 23 anos, é satisfatória. A compra foi realizada através de um sebo online, e paguei somente R$ 3,00. Junto com ela, comprei a edição de Andréa Fetter, de outubro de 1990, que paguei o mesmo preço, mas infelizmente veio aos pedaços, ainda que no site estivesse especificada como muito bem conservada (sem foto para visualização).

Para quem está disposto a arriscar, esteja ciente de que adquirir confiando na descrição de um site é realmente um risco a ser assumido. E, apesar de baratas, o frete abusivo, estabelecido sem qualquer critério, muitas vezes não compensa e a decepção é certa. Portanto, cautela.


A edição, que, apesar das ranhuras que me incomodam mais do que deveriam, está inteirinha

Aproveitando o assunto ranhura, edições que possuem capa preta são as que mais apresentam esse defeito, por motivo óbvio. Então, pergunto-lhes: será que rola de passar um pincel atômico?

Estas edições esperam ansiosamente que haja experiência bem-sucedida de camuflagem de ranhuras relatada na caixa de comentários para ficarem novas em folha

Sunday, February 5, 2012

Embalar é preciso

Regininha Poltergeist: "Tô ficando encapadinha, tô ficando encapadinha..."

Ano passado, depois que eu fiz o post sobre o processo de embalar toda a coleção, recebi vários e-mails. Alguns queriam tirar dúvida sobre o tipo de plástico usado, outros ficaram curiosos pra saber se eu havia feito isso em absolutamente todas as minhas revistas e a maioria disse que começou a embalar as suas por conta do post, o que é bem legal. Como eu tive um feedback bacana, este post é para reforçar essa dica de conservação da coleção, sobretudo aos leitores que conhecerem o blog recentemente (muito obrigado pela audiência!). Convém lembrar que não tem segredo, o material é baratíssimo e é bem simples de fazer. Só é um pouco cansativo para quem tem muitas revistas, mas é só fazer devagar, aos pouquinhos, reservando um tempinho dos finais de semana, como eu faço.



Algumas edições que embalei recentemente, só para ilustrar. Dá pra notar o plástico?


Estas são edições que adquiri recentemente (muitas delas substituições), e que ainda vão ser embaladas. Dá preguiça, mas vale a pena