Saturday, September 17, 2011

As vendas em 2011

Vocês pediram para que eu comentasse as vendas da Playboy em 2011, então vamos lá, tentar interpretar os números.

Até agora, só cinco meses foram divulgados pela Publiabril, e os números não são nada animadores. Começando por janeiro, uma surpresa: é a edição mais vendida do ano até maio. Apesar de ter feito parte do elenco do penúltimo Hipertensão, da Globo, programa que geralmente não repercute e não proporciona fama aos participantes, Andressa, que conseguiu ser capa graças aos apelos dos leitores, vendeu razoavelmente bem (181.761 exemplares). Dany Giehl, capa de fevereiro, amarga uma das últimas posições do ranking, com 154.916 exemplares. No final das contas não chega a ser uma surpresa, já que a moça é completamente desconhecida. Também não chega a ser um retumbante fracasso, já que mulheres mais famosas do que ela venderam menos. Mas fica a constatação: mulher desconhecida, revelada pela revista, nunca tem bom desempenho em vendas.

Michelly, capa de março, mostra que ex-BBB de passagem meteórica na casa não faz bonito (157.732 exemplares) e Babi, capa de abril, através de sua vendagem, prova o que presumíamos: veio em momento errado, precipitado, em que o Pânico na TV praticamente acabara de voltar das férias, não sendo suficiente para esquentar a garota. Ela vendeu apenas 171.977 exemplares. Jaque ex-BBB, capa de maio, apesar de ter sido uma mulher interessante para a capa, não foi nenhuma grande atração no BBB e a má repercussão de seu ensaio pode ter abalado as vendas. Foram 169.432 exemplares vendidos, lembrando que esses números são a soma do montante de assinantes mais edições vendidas em banca, o que revela que a coisa está em declínio constante.

A quem creditar as vendas baixas? É claro que o apelo está nas mulheres, e são elas quem definem quão bem-sucedida ou não será a vendagem das edições. Logo, num ano de mulheres bastante inexpressivas no contexto artístico, as vendas inexpressivas são justificáveis. Mas, somado a isso, tem a questão da péssima divulgação (o RQA, por exemplo, jamais recebeu uma única foto de divulgação), são raras as coletivas de imprensa e sessões de autógrafos são atípicas. Além disso Playboy repercute mal TODO MÊS. A revista tem conseguido consolidar a insatisfação de seu público, que já cansou de tentar alertar o que poderia ser mudado, e rápido. Em vez disso, continuam dando tiro nos próprios pés. O resultado, no fim, é esse, decepcionante. E pela primeira vez os leitores estão achando tudo muito oportuno, já que só assim vislumbramos uma mudança radical.

Abaixo, o pequeno ranking de vendas deste ano. A ordem das imagens corresponde à colocação em 2011, e o número da posição é em relação à lista a partir de 2005, da qual a 1ª colocada é Grazi e a lanterninha, na 77ª posição é Andréa Lopes - adoro que essas colocações são auto-justificáveis.

É bem possível que Maria e Adriane Galisteu liderem o ranking, mas, por ora, o diagnóstico não deixa de ser preocupante e inevitavelmente desestimulante