Saturday, September 3, 2011

O hiato quebrado por Cleo Pires


A Playboy esteve presente em vários momentos da minha vida. Mesmo antes de começar a comprar, a revista já exercia um fascínio que continuou mesmo durante o período em que parei de comprá-la.

No final da década de 90 ainda não tinha muito acesso aos meios de informação e era ainda bem novo, mas as musas da época me fascinavam: Marisa Orth, as dançarinas do “É o Tchan”, os fenômenos do programa do Luciano Huck. Creio que a primeira vez que notei Playboy foi quando Marisa Orth foi capa. Eu, com 07 anos de idade, sempre esperava o fim do Fantástico para assistir “Sai de Baixo”; saber que a Magda estaria nua em uma revista me despertava a atenção. Também presenciei o “boom” do É o Tchan, e as dançarinas na capa da revista faziam meu interesse aumentar.

Mas passei a querer algumas edições mesmo no final da década de 90, com Tiazinha e Feiticeira. O H era um programa que assistia toda noite com meu pai justamente pelas duas. Cheguei até a colecionar figurinhas com elas e ter o caderno da Tiazinha. Ótimos tempos. Era muito chata a situação de você ter 9 anos, passar pela frente de várias bancas, ver os totens da Tiazinha e bancas cheias de revistas e não poder conferir. Mas pra minha felicidade, em um belo dia, meu pai aparece com a edição da Tiazinha de 1999 pra me mostrar. Tinha todo o mistério da máscara, nunca tinha visto uma “revista de mulher pelada”. Pena que a revista era de um amigo do meu pai e só pude folheá-la naquele dia. Deprimente. Depois disso não tive mais contato com a revista.


Em março de 2003 fui fazer compras com a minha mãe e irmã e tinha uma fila imensa no caixa. Fui olhar revistas na banca que tinha lá dentro. Entre as revistas tinha a Playboy da Joseane Oliveira, do BBB3. Fiquei morrendo de vontade de levar. Perguntei todo sem jeito pra minha mãe se podia, ela me deu o dinheiro, mas na hora o vendedor não quis me vender, apontando a idade mínima pra comprar no código de barras (engraçado que essa foi a única vez que me impediram de comprar por ser menor de idade). Sem problemas: minha mãe passou lá e comprou pra mim. Então foi assim, minha primeira Playboy foi de uma ex-BBB, como a de muitos. Minha irmã, linguaruda, chegou em casa espalhando pra todo mundo que eu tinha voltado com uma Playboy. Resultado: a revista passou pelas mãos de todo mundo aqui.

Depois disso passei a comprar esporadicamente a revista (dependendo da mulher da capa). Aliás, com medo de não me venderem de novo, era sempre minha mãe ou pai que compravam. Em 2004 passei a comprar sozinho e praticamente todo o mês. Aqui em casa Playboy nunca foi tabu. Meu pai queria sempre ver o ensaio, minha mãe não se interessava, mas não se importava em comprar, minha irmã queria sempre dar uma olhada também, meu avô chegou a ler algumas edições, minha avó queria sempre saber quem era a moça da capa, meu tio sempre me perturbava pra deixar por um dia a revista com ele pra ler e sempre folheei junto com meus primos. O problema disso é que a revista acabava sempre sendo um pouco (demais) amassada.


Em 2005 já comprava a edição todo o mês, mas depois da Grazi, nem sei ao certo o porquê (talvez por me sentir desajustado em ter uma coleção de Playboys, tentar focar mais no vestibular) parei de comprar. Só voltei a comprar no ano seguinte, a edição da Flávia Alessandra. Posteriormente dei/joguei fora a maioria das revistas que tinha. Só fiquei com umas 10, que não conseguia me desfazer de jeito nenhum. Não comprava mais, porém sempre dava uma olhada na mulher da capa, eventualmente no ensaio pela internet também.

Mas ano passado meu interesse pela revista voltou, e adivinhem com quem? Cleo Pires, claro. Só ia comprar a capa branca, mas acabei comprando as duas, depois acabei comprando a edição da Larissa Riquelme e me vi viciado de novo. Apesar da má fase da revista, tô refazendo a coleção aos poucos. Aquele prazer de ir ao sebo e comprar uma edição antiga não tem preço.

Meus desenhos, reproduções de ilustrações da Playboy

Finalmente, a importância da Playboy pra mim é grande. Ela me fez admirar mais a mulher, ter vontade de desenhar, estimulou minha leitura, meu gosto por fotografia, tem influência na minha escrita... Enfim, Playboy faz parte da minha vida.