Wednesday, November 9, 2011

O retorno confeitado de Cacau

Cacau: "Vou te mostrar que é de chocolate, de chocolate que o amor é feito..."

A edição de novembro da Playboy já está disponível nas bancas há alguns dias e muitos de vocês já viram o ensaio de Cacau, através da revista impressa ou pela internet (desaconselho essa prática, mas sejamos realistas...). O curioso é observar o que têm achado do ensaio, pois as opiniões são convergentes, parecidas, que levam em consideração os mesmos critérios. Eu não serei a exceção. Com tantos ensaios realmente fracos, fomos condicionados a supervalorizar certos aspectos e a chegar a uma conclusão pelo sistema de compensação: um aspecto positivo compensa o negativo e assim por diante. Exemplificando claramente, aquela pitada de ousadia a mais compensa a falta de criatividade, a competência do fotógrafo compensa a incompetência da modelo na hora de posar...


A missão nesse caso, ao que tudo indica, era a de se virar nos trinta e produzir uma boa matéria com baixo orçamento. Optaram por fotografar no estúdio, a saída mais fácil - mas não tão segura - de se fazer um ensaio. O que posso destacar de positivo, nesse aspecto, foi a decisão de haver uma cenografia que possibilitasse que a estrela evoluísse no ensaio, variando poses, situações etc. Isso diminui consideravelmente as chances de se obter um ensaio monótono. E como sempre acho que o sucesso ou fracasso do ensaio é determinado em sua concepção, esperava de Playboy a superação das associações clichês, como, de novo, aconteceu com o chocolate. Que fique claro que isso não condenou o trabalho, as gracinhas com o alimento foram moderadas, mas era dispensável.


A luz de Nahas é outro ponto positivo a ser considerado. Ao contrário de outros ensaios recentes dele, sempre bastante amarelados, nesse ensaio há equilíbrio, tem a objetividade da claridade com momentos mais experimentais, com sombras, que, não predominando no ensaio editado, o poupou de ser criticado pela escuridão. Ainda sobre o desempenho de Nahas, ele mandou bem, entregou um ensaio na medida do possível bem fotografado, portanto temos que considerar suas condições limitantes. Também achei a escolha das fotos bem satisfatória. Evidente que não vi todo o material bruto, mas, quando o ensaio parece "redondinho", a mulher parece ter sido bem explorada e não há graves deficiências, é porque foi editado com capricho e consciente às expectativas dos leitores.


Falar de Cacau é chover no molhado. Realmente tem um corpaço, uma bunda fora do normal (no bom sentido) e uma cinturinha de boneca. É bonita, inclusive de rosto, exagerou no silicone, mas o que mata são suas expressões. Quer dizer, sua inexpressividade. Extremamente artificial em suas tentativas de caras e bocas, tudo o que ela consegue é exprimir a feição de quem acabou de tomar uma injeção. Mas receio que ninguém está se importando muito com isso, afinal, ela se mostrou - corrigindo: permitiram que víssemos - mais completamente. HÁ PERERECA! E, mais surpreendente: sem implante de pentelho e sombra alienígena! Espero que não tenha sido só uma tática para evitar as mesmas reclamações que trucidaram o ensaio anterior. Isso vamos saber mês que vem.

P.S.: O que acharam do pôster perfumado? 
Imagens: Reprodução.