Friday, December 23, 2011

Balanço rápido de 2011

A constatação é unânime: para a Playboy, 2011 não foi um bom ano por diversos motivos, e nem preciso citá-los mais uma vez. Pelo menos a revista teve a chance de aprender com os próprios erros. Realmente espero que tenha reconhecido-os e aprendido com eles.

No que se refere ao blog, foi um ano um pouco causticante. Fiz o possível para mantê-lo atualizado, para garantir discussões bacanas, para que formássemos um grupo de pessoas que compartilham de uma mesma paixão. Mas um grupo de pessoas sensatas, críticas. Será que consegui? Fui buscar a resposta no arquivo do RQA.

Foram, contando com esta, 626 postagens em 2011. Acho que poucas coisas relacionadas à revista não viraram pauta aqui. Até mesmo declarações de ex-estrelas sobre a Playboy foram compartilhadas, como a de Lívia Andrade, Carla Perez e Juliana Paes - todas sugestões de vocês. Também estudamos a possibilidade de algumas delas tirarem a roupa no futuro, como foi o caso de Thais Fersoza. Thais foi um dos maiores desejos do ano, e nos rendeu vários posts.

Outra que rendeu muito foi Adriane Galisteu. Desde o anúncio de assinatura do contrato até o comentário de seu ensaio, foram 31 postagens com seu nome. Agora temos registrada uma cobertura desse retorno, que pode ser rememorada a qualquer momento. Basta dar vontade.

Algumas estrelas toparam dar entrevista para nós. Tânia Oliveira, Dany Giehl e Ellen Rocche não só aceitaram falar conosco como assinaram suas edições para sortearmos. Regiane Alves nos surpreendeu com sua humildade e Marlos Bakker falou sobre os ensaios que assinou para a revista. A querida Kika Paulon, editora visual da Playboy, contou algumas curiosidades de bastidores dos ensaios, e Thays Leão, Laisa Portela e Ana Maria Rodrigues, candidatas do concurso Preferência Nacional 2011, tiveram espaço para pedir os votos de vocês.

Nem só de mulher pelada vive o RQA. Avaliamos o conteúdo de quase todas as edições de 2011, incluindo moda, quadrinhos, ilustração e humor. As entrevistas mais polêmicas do ano, de Jair Bolsonaro e Sandy, também foram discutidas aqui. Assim como discutimos a baixa vendagem da revista e a possível ameaça que o retorno da Status poderia representar. No fim, não houve ameaça alguma.

Mas reconhecemos que, com a concorrência acirrada, nós é que saímos ganhando. Por isso não deixamos de enxergar que a Sexy, dentro do possível, fez um bom trabalho este ano, ainda que, enquanto leitores da Playboy, tivemos que lamentar a perda de Diana e de Carol Nakamura ao mesmo tempo. Ah, sim: rolou uma trollada com os músculos de Gracyanne exibidos na edição de dezembro. Faz parte.

Trollar. Esse novo verbo foi bem usado em 2011. Tanto é que fomos classificados como trolls ao explicitarmos nossas opiniões, inevitavelmente negativas, por quem deveria avaliá-las em vez de menosprezá-las. Uma intolerância que me fez escrever um grande desabafo. Dentro das circunstâncias, foi inevitável.


E não fui só eu que escrevi aqui. Eu pude contar com a colaboração de muitos leitores para a nova seção Histórias de Colecionadores, pensada como uma forma de comemorar os 36 anos da Playboy. Teve leitor que confessou ter ido atrás de uma edição a cavalo, outro descreveu seu encontro com Fernanda Paes Leme e um outro até se vestiu como o homem-coelho da capa da Xuxa. Meu muito obrigado a todos vocês.

Outra seção que deu certo foi a Ensaio Memorável. Através de enquetes, vocês escolheram ensaios de determinado mês que consideram especiais, dignos de serem lembrados. Foi assim que relembramos juntos os ensaios de Andréa Guerra, Flávia Monteiro, Monique Evans, Maryeva, Marcella Praddo, Regiane Alves, Scheila & Sheila, Mylla Christie e Kelly Key.

Não é só. Demos adeus à Cibele Dorsa, Liz Taylor e Rosenery Mello, relembramos todas as ex-estrelas estrábicas, as ninfetas e os repetecos-relâmpago. O assunto Ariadna possibilitou que falássemos de Roberta Close e até de outra transexual esquecida, a Tula Cossey. Mostrei que sou neurótico com edições defeituosas e ensinei como se "lava" e como se ensaca uma revista, além de ter atentado quanto à enganação que rola com os sebos online. E mostrei algumas das minhas aquisições.

Sim, é claro: avaliamos com rigor as capas e ensaios das doze estrelas de 2011. Tudo sobre Andressa Ribeiro, Dany Giehl, Michelly, Babi, Jaqueline, Maria, Tchecas, Adriane, Adriana, Desirée, Cacau e Bárbara está devidamente arquivado. Para rever algo, é só clicar nos nomes delas, ou em qualquer outro link deste post.

Voltando à dúvida do início do post, acho que a meta foi cumprida, principalmente se eu levar em consideração os fatores tempo e ânimo próprio - a revista tratou de nos desanimar ao longo do ano. Então agradeço aos leitores que contribuíram com suas visitas, comentários e sugestões. E até o ano que vem. Espero que estejamos com as esperanças renovadas.

Boas festas!

Imagens: Reprodução/Divulgação.

Thursday, December 22, 2011

Aconteceu em 2011

Você sabia que a Playboy tentou convencer a ex-Casseta Maria Paula a posar em 2007? E que, se dependesse da revista, Adriane Galisteu teria sido capa em dezembro de 2006? Pra não deixar que esse tipo de curiosidade seja esquecida, e que fique registrada, garantindo nosso conhecimento colecionístico, fiz uma compilação das curiosidades relacionadas à revista que ocorreram em 2011. Assim você vai poder contar vantagem em cima daquele seu amigo colecionador de meia-tigela...

ESTRELA EM FUGA
A maior curiosidade de 2011 foi o caso Fernanda Tedeschi. Depois da notícia de que havia assinado contrato com a Playboy, divulgada em abril, a irmã de Marcela Temer chegou a declarar para a imprensa o quanto estava animada para seu ensaio. Em outubro apareceu na revista num anúncio oficial como uma das próximas capas, e já no mês seguinte sumiu do mapa, dando sinal de vida através de uma carta enviada à redação, informando a desistência do ensaio. Coube à Veja divulgar o acontecimento, que aparentemente teve o dedo do vice-presidente Michel Temer, seu cunhado, por trás.

NUDEZ INTERNACIONAL
Este ano Playboy quebrou o jejum de seis anos sem ensaios fotografados fora do país. O último havia sido em janeiro de 2005, com Luma de Oliveira na África do Sul. A responsável por isso foi Maria Melilo, a campeã do BBB11, que antes de assinar contrato anunciou que, se posasse, seria em Las Vegas ou Buenos Aires. Acabaram optando pela alternativa mais próxima - e barata -, mas a preguiça de J.R. Duran ao explorar a locação impediu-nos de reconhecer a cidade no ensaio. Depois veio a superprodução com Adriane Galisteu na Itália, investimento que valeu a pena, e Adriana no Uruguai. Este último, se tivesse sido feito num hotel em Caraguatatuba, teria dado no mesmo.

SONHOS NÃO REALIZADOS
Playboy ao menos tentou desnudar duas grandes estrelas inéditas este ano. Se contássemos só com a discrição da revista durante as negociações, talvez não soubéssemos que Carol Dieckmann negociou para ser capa de agosto e Thais Fersoza para a de dezembro. Ainda bem que existe uma imprensa ávida por notícia e um excelente blog especializado no assunto. A parte do blog foi só pra descontrair.

A SUCESSORA DE ROBERTA CLOSE, SÓ QUE NÃO
2011 também vai ser lembrado como o ano em que Playboy fotografou pela terceira vez uma transexual nua. Ariadna Thalia, a primeira eliminada do BBB11, foi capa de uma edição especial lançada no final de março, após ter sido "aprovada" pelos "leitores" numa enquete no site da revista, que perguntava aos navegantes se ela deveria ou não mostrar o resultado de sua cirurgia de mudança de sexo. Tudo isso suscitou discussões entre nós, leitores. Alguns alegaram ser importante essa postura libertária e evoluída da revista, enquanto outros defendiam que seria um equívoco. Final da história: o ensaio foi extremamente criticado pelo conservadorismo (o "enigma" não foi claramente mostrado) e não se falou em vendas expressivas. Queimaram o filme à toa?

CAPA PARA ASSINANTE
Em agosto, com o retorno de Galisteu, a revista estudou uma maneira de tornar a ocasião mais especial, agradando seus assinantes. Antes que recebêssemos nossas edições em casa, fomos informados de que não seria uma capa igual a que iria para as bancas, e sim uma diferenciada. Animados, cogitamos que fosse capa dura, foto em P&B e coisas do tipo, mas no final descobrimos que era só uma capa sem chamadas. Para nossa surpresa, tivemos capa sem chamadas no mês seguinte, e no seguinte, e no seguinte. Isso parece ter sido abortado definitivamente agora em dezembro, já que todos recebemos a versão normal, com chamadas. Não sei se a mudança agradou a todos, mas é certo que Playboy vendeu algumas centenas exemplares a mais: os colecionadores mais entusiasmados fizeram questão de possuir ambas as versões, além da alternativa.

NEM FOTO, NEM ENTREVISTA
No final de abril a cantora Preta Gil disse em seu Twitter que havia dado uma entrevista à Playboy. De quebra, postou uma foto de backstage, enquanto se maquiava para ser fotografada para a revista (acima). Como a entrevista seria ilustrada com uma foto sua, concluimos que seria para as 20P. Só que os meses passaram e nada. Absolutamente nada foi publicado. Das duas, uma: ou a foto não ficou boa (o que é improvável), ou a entrevista não rendeu. Literalmente foi pra gaveta.

Imagens: Reprodução/Divulgação.

O ano da Playboy USA

Em tempos em que se vislumbra o fim das revistas, mais do que nunca elas precisam virar assunto, repercutir, ser relevantes para, quem sabe, vender mais e não ter seu fim decretado precocemente.

Isso de um modo geral, claro, mas em Playboy, cujas vendas só caem, essa consciência é bastante nítida. Peguemos a Playboy USA como exemplo. Sob a gestão de Jimmy Jillinek, o diretor editorial, a revista tornou-se mais atual, pop, reconheceu a importância de se ter mulheres conhecidas na capa - contratadas de acordo com as suas possibilidades, evidente. Uma prova disso é que este ano a Playmate of the Year não ganhou capa. Ter só uma mulher bonita não basta. A Playboy USA também apostou em grandes nomes (Lizzy Jagger, Daisy Lowe), ganchos sensacionalistas (Bree Olson, a ex-Charlie Sheen, Crystal Harris e o casamento cancelado) e voltou-se para o passado (Laura Benanti, Pamela). Está longe de ser perfeita, mas pelo menos não ficou indiferente às necessidades atuais.

Realmente, tempos difíceis. Mas o texto foi só uma desculpa para poder postar todas as capinhas lado a lado. Podem clicar que elas aumentam

Gigante sem-vergonha

Não sei quem é essa tal de Stacey, capa de dezembro da Playboy Holanda. Ao que tudo indica ela é cantora, pois em seu texto de apresentação, em holandês, só reconheci a menção do programa X-Factor, aquele que busca novos talentos musicais. Também não sei se há algum filme recém-lançado com gigantes, ou até uma série de sucesso, realmente estou por fora, que tenha motivado a feitura desse ensaio surrealista, na qual Stacey é uma gigante que quer sensualizar nua pela metrópole...

Stacey: uma mulher para 500 talheres

Imagens: Reprodução.

Wednesday, December 21, 2011

Playboy Álbum de Capas: 1975 - 2005

Álbum de capas da Playboy lançado em 2005: item de colecionador

Já falei algumas vezes sobre a edição especial de capas que Playboy lançou em 2003, mas nunca o de 2005, lançado em comemoração aos 30 anos da revista. Só que tem um motivo: eu não tenho o de 2005. Nessa época eu estava alheio aos lançamentos da Playboy, na verdade desinteressado, inclusive várias edições regulares eu tive que me virar para adquirir depois. Mas o leitor Romualdo, depois de ver a capa da Playboy Sérvia que postei recentemente, que se assemelha com a da tal edição, e sabendo que não a possuo, mandou fotos para que eu conhecesse um pouco desse álbum de capas e pudesse compartilhar com todos vocês. De cara dá pra perceber que é bem mais completo que o anterior, e bem mais bonito. Para o azar de quem, como eu, deixou de comprar...

Na foto, o verso da capa/contracapa e sumário: tudo muito caprichado, bem desenhado. Tem coisa mais bonita que capinhas lado a lado?

A edição conta a história da revista através dos destaques de cada década. Na de 1970, as capas de quando ainda tinha o título Homem e as colaborações mais que especiais

Nos anos 1980, as estrelas invadiram a revista. Além delas, Aninha Bonita e Gostosa e o Mineirinho de Ziraldo deixavam Playboy bem-humorada. E enfim se viu livre de censura

Foi nos anos 1990 que Playboy mais vendeu exemplares. O primeiro ano dessa década foi marcado pela terceira capa de Luma de Oliveira e a volta de Roberta Close operada

A partir do ano 2000 Playboy se empenhou em conquistar novos leitores, já que o seu público estava envelhecendo. Abrindo a nova década, a nudez inesquecível de Vera Fischer

Na contracapa, palavras de Thomaz Souto Corrêa avaliando a edição


Imagens: Reprodução.
(Obrigado, Romualdo)

Histórias que nossos pais não nos contaram

Não se trata de conservadorismo, ou algo do tipo, mas acho prudente que tenham bom senso na hora de usar personagens clássicos infantis como fantasia-fetiche para ensaios sensuais. Se a indumentária de certas profissões já causam polêmica quando usadas para essa finalidade erótica, como a de comissárias de bordo e enfermeiras, é bem possível que uma fantasia de Branca de Neve depravada enfureça os defensores da imagem pura e casta das personagens de contos de fadas. Sem levar isso em consideração, a Playboy Romênia anunciou em sua última capa de 2011 que a Branca de Neve existe, sim. E não só existe como é bem gostosa e safadinha, e está peladinha...

Não achei de todo mal, mas, reconheçamos, a atriz brasileira Adele Fátima subverteu a mesma personagem há mais de 30 anos, numa das pérolas do cinema nacional

Tuesday, December 20, 2011

Pelo bom uso da cor

Que os visitantes de passagem pelo RQA não julguem a nós, colecionadores mais entusiasmados, porque o assunto que tratarei agora é aparentemente frívolo (como se os demais comentados aqui fossem ultra relevantes).

Assunto: lombada. Lombada, pra quem ainda não foi apresentado ao significado da palavra, é aquela margem esquerda quadrada das revistas (quadrada quando não é do tipo "canoa", ou seja, com grampos), que une as duas capas e onde contém as informações sobre a edição. No caso da Playboy, onde está escrito o mês e ano, quem é a estrela, o entrevistado e a matéria de destaque. É pela lombada que nós identificamos a edição que queremos tirar da pilha para rever.

Nos últimos anos, com trocas de diretores de arte, a lombada da Playboy passou por várias mudanças. Uma das mais desnecessárias, pra mim, foi o uso da tipografia "target", aquela usada em tamanho exagerado nas capas de 2007. O uso dessa fonte só foi abolida em maio deste ano (havia sido adotada em março de 2007).

Mas o que mais incomoda atualmente é o uso da cor. Ou, melhor, ausência. Todos sabemos que a Playboy brasileira, quando passou a ter lombada quadrada, em 1985, escolheu o branco para garantir a legibilidade das informações. Isso foi até meados dos anos 90, quando finalmente as cores invadiram a lombada. E isso acabou dando identidade às edições, além de ter tornado mais agradável a observação das pilhas de revistas. Sem contar com a praticidade de encontrar uma edição.

Em 2006 houve uma tentativa de padronizar o uso do vermelho. Incomodou, mas por sorte não durou o suficiente para nossa implicância tomar proporções gigantescas. No ano seguinte, aconteceu outra vez, só que com o branco. Tivemos uma sequência considerável de lombadas brancas.

Toco no assunto porque o branco imperou em 2011: apenas três edições têm lombadas coloridas (abril, julho e novembro). Evidente que garantir a legibilidade das informações é a maior preocupação, mas muitas dessas lombadas poderiam ter sido continuação da foto da capa, sem comprometer a leitura. Para uma cor escura, por exemplo, as palavras em branco resolvem o problema.

Como puderam perceber, é uma observação aparentemente fútil, mas nem tanto. Que no próximo ano tenhamos edições com um visual próprio, personalizadas. Os colecionadores agradecerão.

Foto que tirei há bastante tempo, com edições de 2007, 2008 e 2009. Na base da pilha, a sequência de lombadas brancas citada no texto. Atualmente, o branco domina

Monday, December 19, 2011

Valor visual

Não foi uma única vez que ouvi dizerem que o que mais sentem falta de ler em Playboy, quando por alguma razão não compram a revista - desistência de colecionar, por exemplo - é a seção Neurônios. É fácil entender o motivo. Pra quem gosta de acompanhar os lançamentos de DVD, CD, livros etc., a seção é bastante útil. Os textos equilibram descrição e avaliação de forma objetiva. Particularmente gosto bastante. E venho reparando também, como bom observador, as mudanças visuais da seção. Não sei precisar exatamente quando, mas creio ter sido no ano passado que Neurônios ganhou um abre com boas fotos de página inteira. Apesar de muito informativa, a seção não tinha apelo visual.

Separei três aberturas deste ano que gostei bastante:

A publicação da foto de nu frontal de Bettie Page na edição de novembro, que integra o recém-lançado The Big Book of Pussy, foi realmente bacana

Imagens: Reprodução.

Sônia Lima: 20 anos de seu último ensaio

É estranho: às vezes, mesmo que não considere uma estrela de capa de Playboy relevante ou o ensaio bonito/satisfatório, desejo adquirir a tal edição. Um desses fortes desejos sem aparente justificativa é a edição de dezembro de 1991, com Sônia Lima.

Na verdade ela não se enquadra no caso de estrela irrelevante porque, além de ter tido um espaço de destaque na TV por muito tempo, Sônia sempre foi uma mulher muito bonita. Mas esse ensaio, assinado por Paulo Vainer, é muito fraco, e acho a capa um tanto quanto assustadora - Sônia com olhos arregalados, pupilas dilatadas... Ainda assim, sempre quis tê-la.

Pois bem. Depois de tanto tempo desejando esta edição, consegui adquiri-la. E ela chegou em minhas mãos hoje. Para minha sorte, meu exemplar encontra-se em um estado de conservação bem bom, completa, com pôster. E olha só que coincidência: a edição comemora 20 anos de lançamento este mês. Palmas para Sônia.

Esta não é foto da minha edição, apenas peguei da internet, para ilustrar. Mas a minha está bem parecida com esta, com algumas manchinhas amarelas decorrentes do tempo

Mulheres que ignoramos

Vocês estão cansados de me ler falando sobre a seção Mulheres que Amamos. Já fiz observações de todo o tipo: sobre a escolha de mulheres, qualidade fotográfica, grau de insinuação, a mesma ladainha de sempre. Mas é que é quase um dever cívico para mim, para, quem sabe, explicitando minha opinião, a coisa melhore.

O foco da crítica é mais uma vez o critério de escolha das mulheres. A revista tem dado tanto espaço para famosas-who - com raras exceções - que não consigo me lembrar de nenhuma garota especial que tenha dado uma prova de sua sensualidade na seção este ano (minto: só lembro de Geovanna Tominaga e Bárbara Evans). Agora em dezembro temos Michelle Martins, atriz avulsa de Fina Estampa, tão desejável quanto uma compota de chuchu. E com Monique Alfradique e outras gracinhas dando sopa na novela...

A propósito, chamamos o abre do Happy Hour de Mulheres que Amamos por costume, porque esse título deixou de ser usado há bastante tempo...

Foto: Gustavo Arrais/Reprodução Playboy.

Sunday, December 18, 2011

Capa do baralho

Não dá pra entender certas decisões. A Playboy Itália, por exemplo, pegou Francesca Piccinini, musa da seleção italiana de vôlei e estrela da edição de dezembro, e abriu mão de associá-la ao seu esporte na capa, impedindo uma maior e mais fácil identificação do público.

Ao invés disso, fizeram uma reprodução tosca e com licença poética no mau sentido de uma capa clássica americana de novembro de 1957. Ficou muito, muito feia. Antes tivessem se inspirado na capa do calendário que Francesca fez para a Men's Health...

A pior coisa que uma revista como a Playboy pode fazer é diminuir a beleza de sua estrela de capa. E a Playboy Itália conseguiu fazer isso com essa produção ruim, sem aparente nexo

Esta é a capa do calendário para a Men's Health, de 2004. Muito mais adequada que a produzida pela Playboy Itália, apresentando Francesca como uma legítima musa do esporte

Aproveitando o ensejo, confiram abaixo a capa da Playboy USA que pode ter inspirado esta capa de dezembro da Playboy Itália, e que também foi reproduzida aqui na - extinta? - seção Capa Clássica, com Luciele di Camargo.

Se realmente desistiram da seção, Capa Clássica vai deixar saudades...

Friday, December 16, 2011

Playboy customizada

Conversando com Iso Roberto, colecionador de Playboy, chegamos ao assunto customização de revista. Quem coleciona sabe que sempre acabamos dando um jeitinho em um defeito ou outro, para dar uma dignificada às edições feinhas, maltratadas pelo tempo. O convidei para escrever sobre essas pequenas intervenções, que nem sempre funcionam - as cagadas são inevitáveis.

POR ISO ROBERTO:
Ao longo de quase 18 anos como colecionador da revista PLAYBOY, fica cada vez mais difícil encontrar edições das quais eu não possua, diga-se as raras das décadas de 70 e 80. Por conta disso, na primeira oportunidade de garimpar quaisquer edições dessa época, logo vou pegando, seja qual for o estado de conservação que se encontre, mesmo que esteja, digamos, em péssimo estado, já não importa. O que interessa é ter a edição guardadinha pra somar à coleção.
Durante todo esse tempo já me deparei com algumas edições em péssimo estado que nunca mais vi em sebo algum, e, sendo assim, tive que customizá-las para ao menos parecerem mais apresentáveis. Como é o caso de Sônia Lima (abril de 1987) que veio com uma parte devorada por traças justamente na capa, o que me fez  em tempos de pouca tecnologia, forjar um remendo de papel A4 e canetinhas. Ficou horrível, mas dá pro gasto!


Ainda no mesmo exemplar, vi que o pôster também estava danificado. Solução: cortei e alinhei, mas mesmo assim ficou feio...

O famoso "jeitinho brasileiro"...

Alguém consegue adivinhar o que tem de errado nas capas abaixo? Olhem atentamente...

Perfeitas!

Perfeitas se não fosse o fato de terem sido impressas em papel vergê. Eu comprei essas edições por simbólicos R$1,00 cada, e, é claro, vieram sem suas respectivas capas - como nunca cheguei a encontrar essas edições completas, apelei para uma boa impressão!

O verso de uma das capas, em branco: o truque engana até a primeira virada de página...

E uma lombada danificada? Nada como uma boa impressora e uma fita adesiva para recauchutar...

Vai dizer que não convence bem?

Se há uma coisa que detesto são as edições com encarte com fotos separadas da revista em si. Acho uma péssima ideia. Penso que essas edições, apesar de serem  especiais, deveriam vir embutidas de forma fixa na revista. E por pensar assim, dei-me o poder de ter um bom estilete afiado em mãos e cola. Pronto, fiz o implante do encarte nas edições. E não é que ficou bom!?

Juntas para sempre

Para encerrar, nunca repitam isso em casa!
Uma vez me empolguei com a fantástica edição de Angelina Muniz, por sua capa “tripla”, que simulava sua nudez, e cortei e transformei num pôster desdobrável. Ficou bom, mas descaracterizou a edição!

Moral da história: customizar pode ser legal, mas com bom senso...

Cover model: Rabbit Head

Já ouvi vários leitores manifestando o desejo de ver uma capa aqui com a cabeça do coelhinho, e só. Praticamente todos os países já publicaram capas assim, menos o Brasil, nem mesmo na época em que não se dava tanto valor ao apelo feminino.

Pra não dizer que nunca, nunquinha aconteceu, a capa da edição especial de capas lançada em 2005 é assim, com a cabeça do coelhinho estampada com microcapas, exatamente como a capa da edição de dezembro da Playboy Sérvia (a repetição exagerada da palavra "capa" foi inevitável).

Particularmente, para uma edição regular, sou contra. Como uma capa alternativa, talvez...

No Brasil, uma capa assim, é quase sinônimo de encalhe...