Friday, December 16, 2011

Playboy customizada

Conversando com Iso Roberto, colecionador de Playboy, chegamos ao assunto customização de revista. Quem coleciona sabe que sempre acabamos dando um jeitinho em um defeito ou outro, para dar uma dignificada às edições feinhas, maltratadas pelo tempo. O convidei para escrever sobre essas pequenas intervenções, que nem sempre funcionam - as cagadas são inevitáveis.

POR ISO ROBERTO:
Ao longo de quase 18 anos como colecionador da revista PLAYBOY, fica cada vez mais difícil encontrar edições das quais eu não possua, diga-se as raras das décadas de 70 e 80. Por conta disso, na primeira oportunidade de garimpar quaisquer edições dessa época, logo vou pegando, seja qual for o estado de conservação que se encontre, mesmo que esteja, digamos, em péssimo estado, já não importa. O que interessa é ter a edição guardadinha pra somar à coleção.
Durante todo esse tempo já me deparei com algumas edições em péssimo estado que nunca mais vi em sebo algum, e, sendo assim, tive que customizá-las para ao menos parecerem mais apresentáveis. Como é o caso de Sônia Lima (abril de 1987) que veio com uma parte devorada por traças justamente na capa, o que me fez  em tempos de pouca tecnologia, forjar um remendo de papel A4 e canetinhas. Ficou horrível, mas dá pro gasto!


Ainda no mesmo exemplar, vi que o pôster também estava danificado. Solução: cortei e alinhei, mas mesmo assim ficou feio...

O famoso "jeitinho brasileiro"...

Alguém consegue adivinhar o que tem de errado nas capas abaixo? Olhem atentamente...

Perfeitas!

Perfeitas se não fosse o fato de terem sido impressas em papel vergê. Eu comprei essas edições por simbólicos R$1,00 cada, e, é claro, vieram sem suas respectivas capas - como nunca cheguei a encontrar essas edições completas, apelei para uma boa impressão!

O verso de uma das capas, em branco: o truque engana até a primeira virada de página...

E uma lombada danificada? Nada como uma boa impressora e uma fita adesiva para recauchutar...

Vai dizer que não convence bem?

Se há uma coisa que detesto são as edições com encarte com fotos separadas da revista em si. Acho uma péssima ideia. Penso que essas edições, apesar de serem  especiais, deveriam vir embutidas de forma fixa na revista. E por pensar assim, dei-me o poder de ter um bom estilete afiado em mãos e cola. Pronto, fiz o implante do encarte nas edições. E não é que ficou bom!?

Juntas para sempre

Para encerrar, nunca repitam isso em casa!
Uma vez me empolguei com a fantástica edição de Angelina Muniz, por sua capa “tripla”, que simulava sua nudez, e cortei e transformei num pôster desdobrável. Ficou bom, mas descaracterizou a edição!

Moral da história: customizar pode ser legal, mas com bom senso...