Tuesday, December 20, 2011

Pelo bom uso da cor

Que os visitantes de passagem pelo RQA não julguem a nós, colecionadores mais entusiasmados, porque o assunto que tratarei agora é aparentemente frívolo (como se os demais comentados aqui fossem ultra relevantes).

Assunto: lombada. Lombada, pra quem ainda não foi apresentado ao significado da palavra, é aquela margem esquerda quadrada das revistas (quadrada quando não é do tipo "canoa", ou seja, com grampos), que une as duas capas e onde contém as informações sobre a edição. No caso da Playboy, onde está escrito o mês e ano, quem é a estrela, o entrevistado e a matéria de destaque. É pela lombada que nós identificamos a edição que queremos tirar da pilha para rever.

Nos últimos anos, com trocas de diretores de arte, a lombada da Playboy passou por várias mudanças. Uma das mais desnecessárias, pra mim, foi o uso da tipografia "target", aquela usada em tamanho exagerado nas capas de 2007. O uso dessa fonte só foi abolida em maio deste ano (havia sido adotada em março de 2007).

Mas o que mais incomoda atualmente é o uso da cor. Ou, melhor, ausência. Todos sabemos que a Playboy brasileira, quando passou a ter lombada quadrada, em 1985, escolheu o branco para garantir a legibilidade das informações. Isso foi até meados dos anos 90, quando finalmente as cores invadiram a lombada. E isso acabou dando identidade às edições, além de ter tornado mais agradável a observação das pilhas de revistas. Sem contar com a praticidade de encontrar uma edição.

Em 2006 houve uma tentativa de padronizar o uso do vermelho. Incomodou, mas por sorte não durou o suficiente para nossa implicância tomar proporções gigantescas. No ano seguinte, aconteceu outra vez, só que com o branco. Tivemos uma sequência considerável de lombadas brancas.

Toco no assunto porque o branco imperou em 2011: apenas três edições têm lombadas coloridas (abril, julho e novembro). Evidente que garantir a legibilidade das informações é a maior preocupação, mas muitas dessas lombadas poderiam ter sido continuação da foto da capa, sem comprometer a leitura. Para uma cor escura, por exemplo, as palavras em branco resolvem o problema.

Como puderam perceber, é uma observação aparentemente fútil, mas nem tanto. Que no próximo ano tenhamos edições com um visual próprio, personalizadas. Os colecionadores agradecerão.

Foto que tirei há bastante tempo, com edições de 2007, 2008 e 2009. Na base da pilha, a sequência de lombadas brancas citada no texto. Atualmente, o branco domina