Thursday, December 8, 2011

A ode à beleza e à naturalidade de Bárbara Evans

Feliz, ter um ensaio digno de ser lembrado para sempre pelos leitores de Playboy era tudo o que Bárbara Evans tinha pedido ao Papai Noel, imagino

A Playboy de Bárbara Evans está mesmo sendo um colírio para os olhos este mês. Contrariando todas as equivocadas tendências estéticas, da barriga sugada, do peito inflado e da pele tostada, Bárbara assume sua naturalidade com seu corpo delicadamente roliço, seus frondosos seios e sua pele alva. E não reconheço só a naturalidade do corpo, das características físicas, mas no portar-se também, no ser sensual sem muito esforço. Por isso considero mais que justa a boa repercussão que esta edição está tendo. Não à toa os leitores estão dizendo que agora, sim, estão enxergando aquela revista que nos entusiasmava, que nos cativava, que nos arrancava fácil elogios sinceros.

Algumas das várias fotos de backstage do ensaio de Bárbara que rodaram a internet

Deixando, enfim, o então permanente estado de rejeição de lado motivado pelo incompreensível ano que tivemos, em que a revista sucumbiu ao conservadorismo e à falta de criatividade em muitos momentos e observando este trabalho de forma livre, desarmada, muito provavelmente você ficará satisfeito. Os ingredientes do ensaio, juntos, contribuíram para que a receita desse muito certo. Cada profissional, com sua contribuição, cuidou para que cada detalhe do ensaio funcionasse bem. Carlos Carrasco, por exemplo, que assinou a beleza, respeitou a delicadeza de Bárbara com uma maquiagem suave. David Pollack, responsável pelas roupas e acessórios, reforçou a jovialidade da estrela, mas sem infantilizá-la. Sérgio Picciarelli, que tratou as imagens, preservou a integridade das formas de Bárbara. E Bárbara, vista pelo olhar de Bob Wolfenson, garantiu nosso encantamento.

As fotos divulgadas pela revista que sugerem um bonito ensaio, mas que, para nossa surpresa, superou nossas expectativas

Todas as fotos são absolutamente lindas. Se fosse obrigado a escolher uma única como preferida, talvez elegesse a que Bárbara aparece chupando jabuticaba, mas há várias outras que brigam forte pelo título. O que chama atenção em todas é a luz natural, e a objetividade de Bob. O fotógrafo, com sua competência, clicou cenas lindas, mas desta vez não imprimiu de forma mais marcante sua principal característica: a pitada de dramaticidade, situações um pouco mais insólitas. Senti falta disso, não nego, mas isso está longe de comprometer o trabalho, muito bem editado, embora um tanto curto para nosso gosto - ficamos com o desejo e ver mais e mais. As fotos também não deixam a dever em erotismo, e Bárbara pode ser contemplada inteiramente. Assim como no pôster, singelo e verdadeiro, que remete ao anos 80. Com exceção, evidente, da depilação atualizada para nossos tempos. O que prova, com argumentos irrefutáveis, que Bárbara é nossa Lolita moderna.

Fotos: Reprodução/Divulgação.