Wednesday, August 31, 2011

Sebo online: todo cuidado é pouco

Eles são atrativos, passam confiabilidade e parecem ser a salvação para os buracos da coleção de muitos colecionadores. Os sebos online faturam em cima de nossa paixão, e nossa relação com eles tinha tudo pra dar certo. Tinha, não fosse o fato de muitos deles enganarem seus consumidores - e eu fui um deles. Recentemente fiquei tão decepcionado com o serviço de determinado site que foi o suficiente para perder toda a credibilidade pra mim - não pretendo comprar novamente tão cedo, ou nunca mais. E como recebi um e-mail de um leitor que também foi enganado, assim como eu fui, resolvi alertá-los. Portanto, só comprem em sebos online depois de muita pesquisa com conhecidos que utilizaram o serviço (no mínimo uns 10), e ainda assim fique com o pé atrás. É bom ir por mim.

Nada os impede de comercializar revistas assim, mas que especifiquem o real estado de conservação no site e joguem limpo com o consumidor, que espera receber o que fora prometido

O que aconteceu foi o seguinte: compramos (o leitor e eu) revistas que estavam especificadas pelo site como em ótimo estado, sem rasgos, manchas, riscos e com pôster. Ou seja, em bom estado de conservação - caso contrário, não adquiriríamos. Acontece é que nem sempre a descrição da revista no site corresponde ao que você vai receber na sua casa, assim como a imagem mostrada não é a mesma - e isso posso dizer com conhecimento de causa, tanto que recebi revista sem pôster, com páginas soltas, capas estragadas... Quando as revistas chegaram, entrei em contato explicitando e provando o motivo da minha insatisfação. Final da história: enviei as revistas de volta e consegui ser ressarcido, mas é bom lembrar que nem todo mundo tem um blog cujo público-alvo é o mesmo que interessa ao site e que pode dar uma bela queimada na credibilidade do serviço. Muita cautela!

P.S.: Utilizou esse tipo de serviço? Se possível, relate sua experiência na caixa de comentários. É importante para que outras pessoas que desejam comprar por meio desses sites estejam atentas.

"Se broncea y nos quema"

É impressão minha ou a Playboy Venezuela designou alguém mais apto à diagramar a capa? Se tiver acontecido isso, estará a revista a um passo de perder o título de pior Playboy do mundo?

Mas ela pode concorrer em outra categoria: a que inventa chamadas mais gozadas

Inspiração: Helmut Newton

Adriana como coelhinha mascarada: terá o ensaio dela referências às fotos de Helmut Newton?

Logo que a primeira foto de Adriana foi divulgada, detectei: tem inspiração num trabalho de Helmut Newton na produção. Pode ser precipitado dizer isso, mas neste mundo fotográfico não existem muitas coincidências, e sim referências explícitas - um modo adequado de copiar. O trabalho a que me refiro é um livro que nasceu da parceria do fotógrafo alemão com a Playboy, e que mostra uma coelhinha diferente, um pouco futurista, de orelhinhas e máscara, assim como Adriana. Precisamos ver o ensaio para comprovar se houve mesmo essa intenção, que acho válida. Se for, não será a primeira vez que o estilo do fotógrafo serviu de inspiração para os ensaios da Playboy daqui. Mais recentemente, Pastorello fez uma releitura ao pé da letra de uma famosa foto de Helmut com Apor.

Parece ou não parece? Como eu disse, coincidências fotográficas não existem...

Outro ensaio, que gosto muito, teve a concepção baseada nos trabalhos de Helmut Newton. É o de Luiza Tomé, de novembro de 2004, por J.R. Duran. Neste caso a intenção não foi copiar cenas específicas, e sim a composição das cenas clicadas por Helmut, na maioria das vezes ambientadas em locações suntuosas, decoradas com muita austeridade - Helmut ficou famoso por equilibrar luxo e decadência e por criar situações inusitadas. Justamente o que vemos no ensaio de Luiza, além da postura mais sóbrea da estrela e de uma produção de moda que acompanha essa personagem forte. Ainda definindo Helmut, gosto muito de uma declaração de Gary Cole, diretor de fotografia da Playboy USA: "Helmut Newton produzia fotografias de um erotismo radical, imprevisível e inflexível".

Estou de acordo com Gary Cole: o erotismo de Helmut é radical, imprevisível e inflexível

Imagens: Reprodução.

Tuesday, August 30, 2011

Quem procura, acha



Minha história com a Playboy começou em 1996, quando tive o primeiro contato com a revista. A primeira edição que folheei foi a da Ana Elize, em 1996. Minha tia recebeu algumas edições de degustação na época, e sempre quando alguma edição chegava ela me ligava e avisava. Lembro perfeitamente das edições do ano de 1996, trazendo na capa Paloma Duarte, Solange Gomes, Maitê Proença e a sensação do momento na época, a eterna Loura do Tchan, Carla Perez.

Como as revistas ficavam na casa dela, ela não permitia que eu as levasse para casa pois não queria encrenca depois. Na época, pelo fato de ser um moleque ainda, não tinha dimensão do que era a Playboy, sua história e as estrelas de capa que já haviam posado. Somente no ano de 1998 que eu me interessei em começar uma coleção. Lembro que a primeira edição que eu mesmo comprei em banca foi a da Sheila Mello, de novembro de 98, temendo que o dono da banca não me vendesse. No ano de 1999, comecei realmente a caça pelas edições. Fazia pesquisas com conhecidos da minha cidade para saber quem coleciona ou assinava a revista antigamente, e para minha surpresa descobri vários ex-assinantes.


Como minha cidade é bem pequena, eu ia na cara dura perguntar para os meus conterrâneos se eles ainda tinham as revistas e, para a  minha surpresa novamente, muitos tinham e acabavam me presenteando, mas a maioria era sempre edições dos anos 90 em diante. Como já tinha praticamente tudo desse período, percebi que era a hora de ir em busca dos tesouros dos anos 80. Descobri por intermédio de um amigo que existia um conhecido da minha cidade que assinava a revista nos anos 80. Passado algum tempo resolvi ir em sua residência e perguntar se ele realmente colecionava a revista na época e ele me disse que sim, e que as revistas se encontravam guardadas dentro de caixas no barracão de sua casa há muitos anos, e que sua esposa há algum tempo estava querendo por um fim nas mesmas, pois estava ocupando muito espaço.

Depois dessa nossa conversa, ele agendou um dia para que eu pudesse ir em sua casa para olhar as revistas e levá-las. No dia marcado, fui em sua casa, e quando comecei a abrir as caixas, me deparei com um tesouro. Parecia ouro! Acreditem: praticamente todas as edições da década de 80 e 90, novíssimas. Comecei a me beliscar para ver se eu estava sonhando, e percebi que era real aquele dia. Como eram muitas revistas, tive de arrumar um carro com carroceria para levar tudo comigo. Não imaginam o peso que era tudo aquilo... Posso dizer que foi o segundo dia mais feliz de colecionador que tive, depois limpei todas as revistas, separei por ano, embalei e arrumei tudo no armário próprio para a coleção. Hoje a coleção conta com 420 exemplares, uns 180 especiais e umas 100 edições repetidas.


Alguns de vocês podem não estar entendendo o porque eu disse que foi o segundo dia mais feliz de colecionador que tive, pois o primeiro sem dúvida foi o dia em que visitei a redação da Playboy a convite do diretor Edson Aran, no mês de agosto de 2010. Já contei esse episódio aqui, e clicando aqui vocês podem conferir esse relato. Nesses 36 anos de existência da revista, posso dizer que a Playboy faz parte da minha vida, felicitações pelo seu aniversário.


Monday, August 29, 2011

Finalmente: a capa de Adriana, do BBB

Lindíssima e sensual. Pose clássica e atributos em destaque. Composição na medida. Sorrisão! Mas, precisava do nome desse tamanho? E o nome dela agrega alguma coisa? Poxa vida...

Edição 435

Todo mês acontece quase a mesma coisa: leio a Playboy em etapas, com atenção, considerando características a serem destacadas em meu comentário. Não procurando defeitos ou tentando enxergar, com certo esforço, qualidades, mas sendo fiel à minha satisfação ou não ao término da leitura - e é isso que procuro passar para vocês. Neste mês, a mesma coisa. Li tudo, reli algumas coisas da edição de aniversário, fiz considerações e cheguei a uma opinião final. E é tão destoante de meus comentários anteriores que merece ser destacada. Atenção para o que vou dizer: é uma das melhores edições dos últimos anos, considerando de forma geral seu conteúdo. Vou tentar explicar por que cheguei a essa conclusão. Você leu? Fique à vontade para concordar ou discordar.

A Playboy de agosto é o que chamamos de "edição redondinha". Mas, também, não é fabulosa. É a edição de aniversário recente mais consistente, e é até mesmo melhor que a de agosto do ano passado. Na deste ano, o cardápio é mais variado e, talvez por isso, com mais chances de agradar. Tem, por exemplo, reportagem sobre André Pederneiras (Ele Cria Os Campeões do UFC), que treina lutadores que serão grandes nomes do MMA, que veio num timing perfeito e foi bem escrita por JP Jorge, como também A UNE Deu PT, sobre o 52º Congresso da União Nacional dos Estudantes, por Bruno Lazaretti, cujo texto tinha tudo para ser massante, mas foi pontuado com observações e descrições interessantes com toque de humor. Apenas O Sexo no Futuro, por Camila Gomes, se fez completamente desnecessária nessa edição. Tudo porque na edição de agosto passado tivemos uma reportagem com a temática futurista parecida, mas seu texto é objetivo e interessante, e não faz ninguém desistir de ler antes do término. E as ilustrações digitais são bem boas, com Spézia.

Mas o melhor mesmo, pra mim, e que valorizaram a edição foi a ficção de Marçal Aquino, Retrato de Família Retocado Com Pólvora e a reunião de artigos intitulada O Livro que Mudou Minha Vida, que ficou a cargo de Rodrigo Levino convencer personalidades como Patrícia Melo, Liniers e Nelson Motta a dividirem conosco quais as obras literárias que abriram suas percepções. Uma ideia tão simples mas tão bacana que merece ser parabenizada. Gostei mesmo. E voltando à ficção de Marçal, além da qualidade de seu texto, temos ilustrações lindas de Benício, o mestre, e de Ralph Steadman, um talento incontestável, que mostrou uma interpretação completamente maluca e incrível do texto de Marçal. Como se vê, revista boa depende apenas de boas ideias e, claro, de boas colaborações.

O restante da revista tem seu conteúdo habitual, e uma seção em especial acho que merece ser destacada. A clássica Neurônios nunca esteve tão em boa forma. Tenho cada vez mais me apegado à seção, que depois de tantas mudanças está com um visual mais elegante e menos confuso, e as resenhas e eventuais entrevistas, na medida. Os outros dois ensaios, além do de capa, foram bem editados e agregaram seu valor. As fotos da gatinha Candice Boucher, por Raphael Mazzucco, foram excelentemente diagramadas. Dani Mangá, a coelhinha do ano, foi fotografada por Kovacevick, que mostra que a qualidade de seu trabalho evoluiu consideravelmente - e a moça é merecedora do título. Playtimes mais generoso em páginas e Estilo com um editorial ótimo, com fotos de Fábio Sarraf e produção de moda de Kika Cabrera. Não esquecendo das 20P com Bruna Lombardi, que ficou ok, com foto também ok de Jairo Goldflus. Já falamos de Sandy então pulemos e concluamos: uma edição bem acima da média. Por que não é sempre assim? Basta esforço e muita criatividade.

P.S.: Acabei me esquecendo: há também o ensaio de Crystal Harris, a noiva fugitiva de Hugh Hefner, acompanhado por um microperfil escrito por Nathan Fernandes, contando um pouco da história dos ex-pombinhos. 
Imagens: Reprodução.

Sunday, August 28, 2011

Danuza Leão: uma quase estrela de Playboy

Danuza Leão ainda jovem e em clique mais recente: ela já quase foi estrela de Playboy

Lendo o livro de memórias de Danuza Leão, Quase Tudo, que coincidentemente acabei de ler hoje, me surpreendi com uma passagem curiosa, que acho legal dividir com vocês. Em dado momento, a ex-manequim, jornalista e escritora confessa que já foi convidada para posar para a Playboy - e considerou a ideia. Segunda ela, o que a impediu, como podem conferir no trecho reproduzido abaixo, foi a opinião dos filhos, terminantemente contra. Conforme a cronologia do livro, o convite veio no começo dos anos 1980, época em que trabalhava na badalada boate Hippoppotamus, de Ricardo Amaral, criador do concurso Panteras, que rendeu várias capas para a revista. Vale lembrar que Pinky Wainer, artista plástica e filha de Danuza, ilustrou inúmeras reportagens para a Playboy.

Eu, como filho, jamais impediria minha mãe de seguir sua vontade - e ficaria orgulhosíssimo

Imagens: Reprodução.

22 anos de incontestável paixão



A primeira Playboy que eu vi na vida foi um superpôster com a Cláudia Raia e a primeira edição regular foi a de março de 1988 com a Luma de Oliveira na capa, ambas emprestadas de um vizinho. Eu tinha 15 anos e morria de vontade de comprar a revista nas bancas. Lembro de ver a edição de aniversário com Isabela Garcia na capa na banca, mas cadê a coragem de comprar? E se na banca não quisessem me vender por eu ser menor de idade? Por incrível que pareça tive coragem de pedir à minha mãe para fazer uma assinatura e ela consentiu. Considero a edição de janeiro de 1989 a primeira da minha coleção. Trazia Nani Venâncio na capa, onde, por coincidência, anunciava que a edição era de colecionador, por comemorar os 35 anos da Playboy americana. De lá para cá já são 294 revistas na minha coleção, fora os pôsteres e edições especiais, ou seja, faltam 141 edições para que ela esteja completa. Difícil, quase impossível, eu sei, mas tento diminuir esse número.




A minha edição preferida: Bruna Lombardi. 
A capa mais desejada: Malu Mader. 
A capa mais bonita: Isabel Filardis. 
Uma história curiosa: na época que fiz faculdade sempre levava algumas edições para que meus colegas vissem e algumas aulas era verdadeiros soníferos e alguns colegas passavam o tempo olhando as revistas (as moças também, pois elas também adoram ver Playboy, nem que seja para procurar celulite no corpo das estrelas. Mesmo na era do Photoshop elas ainda encontram). O fato é que no final do curso alguns colegas me agradeceram, pois graças às revistas eles conseguiram frequentar as aulas e concluir o curso.


Odeio quando dizem que eu coleciono revistas pornográficas, pois Playboy está longe do que eu acho que seja pornografia. Acho que a Playboy está na pior fase de sua história, com escolhas pouco criativas para as capas e ensaios que não chegam a ser ruins, mas estão longe de se tornarem futuros clássicos da revista. Ainda assim minha paixão pela revista não acaba. Uma última observação: no alto dos meus quase 38 anos, às vezes me sinto velho aqui na comunidade quando vejo que tem gente aqui que conheceu a revista com a Carol Castro, mas em outros momentos queria ter sido mais velho para ter acompanhado a Playboy desde o início.




Fotos: Reprodução Playboy/Arquivo pessoal.

Friday, August 26, 2011

Agosto memorável

É, desta vez eu me atrasei. Mas, vamos lá, ainda dá tempo. Quem deve ser considerada estrela de agosto memorável: Marisa, Regiane ou Carol?

Propostas indecentes

O leitor Tadeu Cunha me enviou várias malas-direta da Playboy que recebeu em meados dos anos 90. Ele relembrou, em seu relato, que essas cartinhas o deixavam ansioso pelas próximas edições, principalmente a alardeada volta de Carla Perez à Playboy, em 1998 (veja, abaixo, o anúncio de seu retorno). Nesta mala-direta de Carla, aliás, o texto diz que ela já era um sucesso antes de posar para a Playboy, em 1996, mas só depois de posar nua é que se tornou uma das mulheres mais desejadas no país. Quem discorda? Também achei curiosa a montagem tosquinha feita com Paula Melissa, vista por um buraco de fechadura, com o texto: "Quer ver mais?". É bacana conferir isso.

Naquela época já liberavam peitinhos (eles apareciam na capa), mas perereca, só comprando

(Valeu, Tadeu!)

Photoshop disaster

Leitor de Playboy costuma dar um de vidente. Enquanto uns estão achando que a edição especial da Mulher Melão vai ser uma das mais ousadas, outros apostam (com indícios concretos) que será material para chochações impiedosas. E elas já começaram, apontando o Photoshop da divulgação...

Você, você, você, você, você, você acredita no que vê?

Thursday, August 25, 2011

De graça, até injeção na testa

Hoje Playboy promoveu mais uma daquelas ações de divulgação no Twitter. O objetivo era que os tuiteiros totalizassem 2.000 citações da hashtag #AdrianaNaPlayboy. Conforme isso acontecia, pedaços da foto da ex-BBB iam sendo revelados no site. Ao final, a foto foi inteiramente revelada e a ação considerada um sucesso, com 2.375 citações, segundo o site da revista (sucesso?). Bem, a surpresa é que na foto, assinada por Duran, Adriana está completamente nua. Que a foto é bem bonita e que a Adriana é gostosa, não dá pra discordar, mas que foi desnecessário e apelativo revelar a mulher inteiramente nua, foi. E já que a revista disponibilizou a foto para a geral e ainda possibilitou que fosse salva, sem problemas, acho que não tenho razões para censurá-la aqui, né?

Se alguém conseguir desviar os olhos de certas áreas da foto, vão perceber que a máscara e as orelhinhas fazem referência a um trabalho de Helmut Newton para a Playboy USA

Wednesday, August 24, 2011

Paixão ou obsessão por Playboy, tanto faz

Tive meu primeiro contato com Playboy em meados de 1989. A primeira edição que vi nas bancas foi a da Regina Meneghel. Foi paixão a primeira vista e uma louca vontade de colecionar a revista. Mas, como eu era menor de idade, nem a pau me vendiam a revista em bancas que dirá arrumar dinheiro para comprar. Até tinha, pois recebia mesada de meu pai para lanche na escola na época.
Neste período eu morava em Lorena. Um dia meu pai arrumou outro emprego e tivemos que mudar para o litoral, na cidade de Caraguatatuba. Chegando lá fiz grandes amigos e, um dia na casa de um deles, mais de um ano depois que tinha visto a primeira capa, ele me levou até o quarto do pai dele, onde o mesmo tinha uma vasta coleção de revistas masculinas – Playboy entre elas.
Minha paixão de impacto e fanatismo pela publicação, sendo colecionador e leitor a partir de então, foi pela edição da Dóris Giesse, a primeira que folheei. Fiquei doido por aquela capa em mãos. Ainda de quebra tinha um ensaio de Sharon Stone, que também estava na capa. O mais engraçado é que só deu tempo de folhear esta revista, pois os pais de meu amigo haviam chegado.


Fiquei doido por esta edição. Edição esta que estava a venda naquele mês. Juntei o meu dinheiro e, com coragem, aos doze anos de idade, fui a uma banca, peguei o exemplar e dei o dinheiro para o dono da banca. O mesmo olhou pra mim e disse que ia vender por causa da minha curiosidade e tal. Depois disso fiquei freguês e mês a mês comprava a revista às escondidas de meus pais. Como mentira tem perna curta, minha mãe descobriu e contou para meu pai. Na época ele falou que eu não devia fazer isto escondido. Que a revista era para adultos. Conversamos e ele me disse que eu podia colecionar, sim. Para minha surpresa, meu pai tinha algumas na sua oficina mecânica e me deu.
A partir daí, comecei a adquirir as demais e, quase 22 anos depois, como colecionador, tenho todas as edições brasileiras, inclusive todas as capas extras publicadas ao longo destes 36 anos. Tenho cerca de mais de duzentos especiais da Playboy Brasil. Meu prazer em colecionar Playboy deu-se por se tratar de um clássico em retratar as mulheres nuas. Tanto que passei a colecionar algumas edições internacionais ao redor do mundo. Edições japonesas, alemãs, argentinas, gregas, americanas... dentre outras, que aumentaram a minha coleção. Hoje ao todo tenho cerca de 200 exemplares internacionais de Playboy.


 A que mais gosto da minha coleção internacional, sem dúvida nenhuma é a edição argentina da Xuxa. Uma grande raridade que consegui através de meu irmão, que mora na Argentina. Um clássico, pois o ensaio tem um grande diferencial do publicado no Brasil. São doze páginas, sendo algumas com destaque para as fotos que ela fez na Ele Ela e sobre a polêmica do filme feito por ela na época de modelo. Esta edição e a do Brasil, que tenho com muito orgulho, são super bem guardadas. Curto também a da Cicciolina, as duas da Farrah Fawcett, das cantoras que arrebentaram nos anos 80 e 90, Debbie Gibson, Tyfanny e Belinda Carlisle, a de Marilyn Monroe, Drew Barrymore e muitas outras. Grandes clássicos das edições estrangeiras.
Foi tanta a paixão minha pelos ensaios de estrelas ou não na Playboy, que graças a ela, aumentei minha coleção com outras publicações dedicadas ao nu feminino. Tenho a coleção completa da Sexy mensal e vários especiais, a edição completa das extintas Sexy Premium e SexyWay, cerca de quase 100 edições da Ele Ela e da antiga gestão da Status. Ao todo uma somatória de quase 1400 exemplares com a nudez de grandes estrelas. Mas isto tudo somente começou graças a minha grande paixão que não abro mão em hipótese nenhuma: Playboy, a grande precursora para eu ter esta grande paixão pela nudez feminina, que eu curto e gosto demais. (Risos.)


Das edições de grande impacto, destaco as da Deborah Secco, as S(c)heilas, Vera Fischer em 2000, Axé Blond... Se fosse para eu ficar citando... Temos muitos clássicos de ousadia nestes 36 anos de história da Playboy.
Uma edição que tenho e que me assustou quando a vi nas bancas, foi a capa super estranha com Andréa Lopes. Considero esta uma edição completamente equivocada em relação aos padrões da Playboy. Não faz o tipo gostosa e nem sensual. Enfim. Famosas ou não, quando posam é porque povoam o imaginário masculino e estão comprometidas com satisfação do leitor. Enfim.É uma longa história. Posso dizer que é um grande orgulho saber pelo menos um pouco da trajetória de sucesso desta grande publicação, mesmo com o fantasma da internet, que fez as vendas caírem devido a exposição sem autorização das fotos em sites, a pirataria virtual. Mas eu não abro mão de ter meu exemplar e folhear calmamente e a hora que eu quiser.
Nestes 36 anos, Playboy me presenteou com grandes emoções e estrelas. Espero ainda ser sempre surpreendido. Obrigado Playboy por fazer parte da minha história como leitor e colecionador fiel. Uma vez leitor de Playboy, sempre leitor!!!

Lavando revistas

Eu, como colecionador zeloso e exemplar, tenho vários rituais que garantem que minha coleção permaneça organizada e reluzente. Obviamente é uma mentira, mas tenho lá minhas manias - e, quem quiser, encare como "dicas". Uma delas é "lavar" certas revistas. Tenho a impressão de já ter falado disso aqui, mas, em todo caso, avaliemos novamente o ato, que consiste em passar, com algodão, álcool-gel ou gel antisséptico nas capas das edições que vieram do sebo e estão, hã, sebosas. Sabe aquela poeirinha, aquele toque áspero, aquela mancha amarelada? É com o objetivo de acabar com esse tipo de problema que faço isso. Adianto que aquela capa de fundo branco que está amarela não vai voltar a ser branca, mas pelo menos me dá a sensação de revista limpinha.

Não tem segredo: é pegar um chumaço de algodão com o álcool e, sem medo, passar suavemente em toda a superfície da capa (e lombada e contracapa)

Grande parte de minha humilde coleção passou por esse processo. Não posso afirmar que "lavou tá nova", mas acho que dignifica mais aquelas edições que - não é nada agradável lembrar disso - já passaram em outras mãos. Então, a primeira coisa que faço é escolher a edição que será "lavada". Errou quem pensou que a edição basta ter vindo do sebo. Definitivamente, não. Só faço isso nas edições que têm uma resistente camada de verniz na capa. Porque, sim, passo algo líquido na capa, e essa barreira de verniz é importante para impermeabilizar, senão encharca e esfarela o papel. Ou seja, NÃO faça isso em edições mais frágeis e antigas, como as dos anos 70 e começo de 80. Outra coisa: algumas desbotam, sim. Se sua intenção não é essa, também não faça. Não faça MESMO.

Nessa experiência, quem mais passou vergonha foi Thaís Ventura, que mostrou-se bem mais suja que Dora Vergueiro, sua amiga de coleção

Como dá pra notar por essas fotos, o algodão fica mais que sujo. É isso que me dá prazer, tirar a nhaca da capa (junto com um pouquinho de tinta, mas...). Depois desse passo, feito na capa e contracapa, dando atenção especial à lombada, é importante que a revista seque bem. Recomendo que receba até uns feixes diretos de sol. E só guarde embalada em plástico e na pilha de costume quando estiver certo de que a edição está bastante seca. No processo de secagem, aproveite para folhear a revista como se folheia um livro, rapidamente, a fim de oxigenar bem as páginas. Parece frescura, coisa de quem não tem nada melhor para fazer, mas lembre-se que você quer que essas revistas permaneçam apresentáveis por algum tempo. Pois quem ama, cuida, diz o velho jargão.

Tuesday, August 23, 2011

Livro para ver

Livro Playboy 35 Anos de Fotografia, com a capa protetora: para durar para sempre

Nesses anos todos de Playboy brasileira, a revista deu-se ao luxo de comemorar sua trajetória em duas ocasiões, com mais pompa e circunstância. A primeira vez foi em 2005, quando comemorou seus 30 anos lançando o primeiro livro de fotografia, e mais recentemente perto do aniversário dos 35 anos, com o segundo livro (lançado no final de 2009). Eu já falei sobre ambos aqui, inclusive os comparei (confira), mas não custa nada relembrar que representam momentos especiais do trabalho realizado por Playboy. O primeiro já não encontra-se disponível para compra (até há pouco tempo ele estava sendo vendido a um preço bem inferior ao do lançamento na Americanas.com, mas o estoque já acabou), e o segundo ainda pode ser tranquilamente comprado pela Loja Abril.

A mesma capa, sem a proteção plástica: a foto escolhida não poderia ser melhor

Sei que parece, mas não, não é jabá. É para os que ainda não possuem e desejam adquiri-lo. Eu realmente recomendo, porque o livro é lindo e possibilita uma experiência única de contemplar as fotos impressas num papel de qualidade, em tamanho bem maior, protegidas por uma irretocável capa dura, com ninguém menos que Adriane Galisteu. Aos que imaginam que o livro contém fotos de todas as estrelas que já passaram pela revista, me apresso em dizer que não tem. O contrato de muitas delas não permitiram isso, mas várias das mais expressivas e especiais estrelas estão no livro, ainda que vestidas - um jeito encontrado de incluí-las, sem causar problemas. É isso. Espero ter conseguido esclarecer as dúvidas de alguns, que queriam saber se vale o investimento. Vale.



Este, sim, é um item especial para colecionador

Hipertensa

Andressa Ribeiro segue em sua missão de deixar homens com o queixo caído pelo mundo. Depois de ter seu ensaio publicado como recheio em Playboys de vários países, ela emplaca sua primeira capa lá fora. A Playboy Sérvia a elegeu como estrela da edição de setembro. Olha a foto escolhida:

A foto é ótima, mas muito dramática para a capa - e a composição não é legal

Monday, August 22, 2011

Relíquia oitentista

Deve acontecer o mesmo com vocês: de repente eu foco em alguns anos ou década e passo a buscar edições de Playboy lançadas nesse período. Depois de passar pela fase começo dos anos 90, passei a interessar-me mais pelo fim da década de 70 e primeira metade da década de 80. E foi numa dessas minhas buscas que achei e adquiri a edição de Simone Carvalho (abril de 1984), que sintetiza esteticamente o espírito da década. Citei esta edição no post sobre Ola Ray, há alguns dias. Tô contente com a aquisição. O exemplar não está super-ultra-mega conservado, mas encontra-se em condições dignas. Gosto especialmente da capa, bem oitentista, com a ex-atriz produzida de acordo com a moda da época. A propósito, bem diferente do ensaio, singelo e rural.


Pela bagatela de 5 reais, até que não foi um mau negócio...

Declaração do dia: Renata Frisson

Me desculpem, mas algumas coisas passam batido por mim e acabo comentando com certo atraso. Tanto é que estou me penitenciando por não ter conferido essa entrevista de Renata Frisson para o Ego antes. Realmente não sei se dou risada das declarações ou compadeço com sua sinceridade.

HAHAHAHAHAHAHAHAHA

Agora vai!

Mulheres já são ansiosas por natureza, então imagine a que grau o nível de ansiedade da ex-BBB Adriana foi elevado após ter sido forçada a esperar por quatro meses para sua Playboy sair? Não deve ter sido fácil. Agora, com a certeza que será a capa de setembro, ela não tá se aguentando e soltou na internet fotos do backstage do ensaio. E disse estar com frio na barriga. Compreensível.

Calma, Adriana, falta pouco

Saturday, August 20, 2011

Adriane Galisteu: nua, em palavras


O retorno de Adriane Galisteu à Playboy nos deu a oportunidade de rememorar os mais marcantes e curiosos momentos da relação da apresentadora com a revista. Só não devemos esquecer que ela já passou pelo espaço mais disputado e privilegiado depois da capa de aniversário, claro: o do entrevistão. Adriane foi a entrevistada da edição de fevereiro de 1997, que tem na capa Luciana Botelho, a irmã de Luiza Brunet. O encarregado de arrancar de Adriane as respostas para as perguntas mais pertinentes foi o jornalista Osvaldo Martins. E Adriane,  aos 23 anos, mostrou-se completamente articulada, aberta e sincera. Falou sobre tudo. Do pai, da mãe, do irmão, da infância, dificuldades, agruras da vida de modelo e sobre seu tumultuado relacionamento com Ayrton Senna. Fica a sugestão de leitura da entrevista neste fim de semana. O momento é mais que oportuno.

Oportunista ou não, uma coisa ninguém contesta: se Adriane não fosse inteligente e boa no que faz, já teria caído no ostracismo há muito tempo