Wednesday, August 24, 2011

Paixão ou obsessão por Playboy, tanto faz

Tive meu primeiro contato com Playboy em meados de 1989. A primeira edição que vi nas bancas foi a da Regina Meneghel. Foi paixão a primeira vista e uma louca vontade de colecionar a revista. Mas, como eu era menor de idade, nem a pau me vendiam a revista em bancas que dirá arrumar dinheiro para comprar. Até tinha, pois recebia mesada de meu pai para lanche na escola na época.
Neste período eu morava em Lorena. Um dia meu pai arrumou outro emprego e tivemos que mudar para o litoral, na cidade de Caraguatatuba. Chegando lá fiz grandes amigos e, um dia na casa de um deles, mais de um ano depois que tinha visto a primeira capa, ele me levou até o quarto do pai dele, onde o mesmo tinha uma vasta coleção de revistas masculinas – Playboy entre elas.
Minha paixão de impacto e fanatismo pela publicação, sendo colecionador e leitor a partir de então, foi pela edição da Dóris Giesse, a primeira que folheei. Fiquei doido por aquela capa em mãos. Ainda de quebra tinha um ensaio de Sharon Stone, que também estava na capa. O mais engraçado é que só deu tempo de folhear esta revista, pois os pais de meu amigo haviam chegado.


Fiquei doido por esta edição. Edição esta que estava a venda naquele mês. Juntei o meu dinheiro e, com coragem, aos doze anos de idade, fui a uma banca, peguei o exemplar e dei o dinheiro para o dono da banca. O mesmo olhou pra mim e disse que ia vender por causa da minha curiosidade e tal. Depois disso fiquei freguês e mês a mês comprava a revista às escondidas de meus pais. Como mentira tem perna curta, minha mãe descobriu e contou para meu pai. Na época ele falou que eu não devia fazer isto escondido. Que a revista era para adultos. Conversamos e ele me disse que eu podia colecionar, sim. Para minha surpresa, meu pai tinha algumas na sua oficina mecânica e me deu.
A partir daí, comecei a adquirir as demais e, quase 22 anos depois, como colecionador, tenho todas as edições brasileiras, inclusive todas as capas extras publicadas ao longo destes 36 anos. Tenho cerca de mais de duzentos especiais da Playboy Brasil. Meu prazer em colecionar Playboy deu-se por se tratar de um clássico em retratar as mulheres nuas. Tanto que passei a colecionar algumas edições internacionais ao redor do mundo. Edições japonesas, alemãs, argentinas, gregas, americanas... dentre outras, que aumentaram a minha coleção. Hoje ao todo tenho cerca de 200 exemplares internacionais de Playboy.


 A que mais gosto da minha coleção internacional, sem dúvida nenhuma é a edição argentina da Xuxa. Uma grande raridade que consegui através de meu irmão, que mora na Argentina. Um clássico, pois o ensaio tem um grande diferencial do publicado no Brasil. São doze páginas, sendo algumas com destaque para as fotos que ela fez na Ele Ela e sobre a polêmica do filme feito por ela na época de modelo. Esta edição e a do Brasil, que tenho com muito orgulho, são super bem guardadas. Curto também a da Cicciolina, as duas da Farrah Fawcett, das cantoras que arrebentaram nos anos 80 e 90, Debbie Gibson, Tyfanny e Belinda Carlisle, a de Marilyn Monroe, Drew Barrymore e muitas outras. Grandes clássicos das edições estrangeiras.
Foi tanta a paixão minha pelos ensaios de estrelas ou não na Playboy, que graças a ela, aumentei minha coleção com outras publicações dedicadas ao nu feminino. Tenho a coleção completa da Sexy mensal e vários especiais, a edição completa das extintas Sexy Premium e SexyWay, cerca de quase 100 edições da Ele Ela e da antiga gestão da Status. Ao todo uma somatória de quase 1400 exemplares com a nudez de grandes estrelas. Mas isto tudo somente começou graças a minha grande paixão que não abro mão em hipótese nenhuma: Playboy, a grande precursora para eu ter esta grande paixão pela nudez feminina, que eu curto e gosto demais. (Risos.)


Das edições de grande impacto, destaco as da Deborah Secco, as S(c)heilas, Vera Fischer em 2000, Axé Blond... Se fosse para eu ficar citando... Temos muitos clássicos de ousadia nestes 36 anos de história da Playboy.
Uma edição que tenho e que me assustou quando a vi nas bancas, foi a capa super estranha com Andréa Lopes. Considero esta uma edição completamente equivocada em relação aos padrões da Playboy. Não faz o tipo gostosa e nem sensual. Enfim. Famosas ou não, quando posam é porque povoam o imaginário masculino e estão comprometidas com satisfação do leitor. Enfim.É uma longa história. Posso dizer que é um grande orgulho saber pelo menos um pouco da trajetória de sucesso desta grande publicação, mesmo com o fantasma da internet, que fez as vendas caírem devido a exposição sem autorização das fotos em sites, a pirataria virtual. Mas eu não abro mão de ter meu exemplar e folhear calmamente e a hora que eu quiser.
Nestes 36 anos, Playboy me presenteou com grandes emoções e estrelas. Espero ainda ser sempre surpreendido. Obrigado Playboy por fazer parte da minha história como leitor e colecionador fiel. Uma vez leitor de Playboy, sempre leitor!!!